O Estado perdeu mais de 68 mil funcionários públicos entre dezembro de 2011 e junho de 2016, o que representa uma quebra de 9,4% nos últimos quatro anos e meio.
De acordo com a Síntese Estatística do Emprego Público, divulgada hoje pela Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP), a 30 de junho de 2016, o emprego no setor das administrações públicas situava-se em 659.149 postos de trabalho, mostrando uma quebra de 9,4% face a 31 de dezembro de 2011 (correspondente a uma redução de 68.024 postos de trabalho).
No entanto, numa comparação com o período homólogo de 2015, registou-se um aumento do emprego de 0,7%, correspondente a mais 4.585 postos de trabalho.
A administração central é o subsetor que revela a maior diminuição de emprego face ao final de 2011, com uma redução de 49 mil pontos de trabalho, que traduzem, em termos percentuais, uma quebra de 8,9%.
Já em comparação com o final do trimestre anterior, os dados da DGAEP indicam que o emprego nas administrações públicas caiu em 2.952 postos de trabalho (-0,5%) no segundo trimestre deste ano, em resultado da redução do número de trabalhadores da administração central (menos 3.343 correspondente a uma quebra de 0,7%).
Esta queda é justificada pela “cessação, no final do ano letivo, de contratos a termo de trabalhadores nos estabelecimentos de ensino básico e secundário, em particular, técnicos superiores para atividades de enriquecimento escolar e docentes”.
Por outro lado, registou-se um aumento de emprego de 1,6% no trimestre em análise, no Ministério da Administração Interna, que “decorre principalmente de novos contratos a termo de vigilantes da floresta na GNR, para as operações de prevenção de incêndios durante o verão”.
A 30 de junho de 2016, o emprego por subsetores nas administrações públicas apresenta uma estrutura igual à do final de 2015, com 76,2% dos trabalhadores em entidades da administração central, 16,7% na administração local e 5,6% na administração regional autónoma.
Com um peso na população total de 6,4%, o emprego no setor das administrações públicas representava, a 30 de junho último, cerca de 12,8% da população ativa e de 14,4% da população empregada.
A 30 de junho, em cada dez trabalhadores das administrações públicas, seis eram mulheres, representando 15,7% da população ativa.
Quanto ao valor da remuneração média mensal dos trabalhadores a tempo completo nas administrações públicas, este era de 1.431,7 euros, correspondendo a uma variação global média de 1,1% face ao mês de referência do trimestre anterior (janeiro).
/Lusa
Se reduzisse em 50% talvez já fosse razoável. Assim, continuamos todos a pagar e a ser mal servidos.
Na função pública também se pagam impostos. E pagam para os do privado terem SNS para o qual não descontam.
Pois pagam, mas entre os 100€ que recebem e os 10€ que pagam de impostos, há 90€ de défice, cuja utilidade seria bastante maior se aplicados correctamente, por exemplo no SNS. Já agora, os privados pagam também o SNS com os seus impostos. SNS ao qual de resto os funcionários públicos e os politicos, por exemplo, não recorrem e preferem o privado. Deve ser por o SNS ser óptimo…
Os impostos são pagos em proporção com o que se recebe. É básico. Estar aí a revelar mentiras é próprio de ignorantes ou de quem tem fundamentos.
O privado o que desconta é para a Segurança Social, 11%, para efeitos de subsídio de desemprego e reforma, não é para o SNS.
Enquanto isso os funcionários públicos descontam 11% para a aposentação (CGA), e 3,5% para a ADSE (saúde). Quando vão aos hospitais ou Centro de Saúde pagam taxas moderadoras e é a ADSE que paga o restante ao SNS.
Além de que, depois de aposentados, continuam a descontar para a saúde, o que não acontece no privado. Eu e muitos fp recorrem aos hospitais públicos. Também o SNS tem acordos com o privado.
Como vê somos (FP) mais penalizados. Informe-se e não diga mentiras que lhe fica muito mal.
Digo: Estar aí a revelar mentiras é próprio de ignorantes ou de quem não tem fundamentos.
Cara Ana Gonçalves, vou responder pela ultima vez, uma vez que quando se entra no campo do insulto não cale a pena insistir.
Como lhe disse, mas talvez não tenha entendido, o IRS é pago por todos (de acordo com o que recebem) e é daí, na sua maioria, que é pago o SNS. Os fp e os privados, pagam 11% para as reformas e assistência social, nada de mais natural. Opcionalmente, os fp pagam 3,5% para a ADSE, tal como os privados podem fazer o seu seguro de saude (aqui é menos natural que os privados não possam aceder à ADSE, mas enfim não é por aí).
O que gerou o meu post inicial e a sua resposta, nada tem que ver com isto. Tem a ver com o facto de existirem demasiados fp em Portugal, que custam enorme fatia do orçamento estado e portanto consomem valor desnecessário, porque se podia ter os mesmos serviços publicos (pagos com o IRS dos fp e dos privados) por muito menos dinheiro. Esse valor poderia ser aplicado no SNS, ou na educação, ou … no que se entendesse em cada momento.
Julgo ter ficado mais explicito agora e já agora bom carnaval, que é mais uma regalia exclusiva dos fp em Portugal…