Estado Islâmico reivindica ataque contra coptas no Egipto

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O grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou este sábado o ataque registado na sexta-feira contra um autocarro que transportava cristãos coptas e que matou 29 pessoas, incluindo crianças.

A Amaq, a agência de propaganda do EI, divulgou que “um dos destacamento de segurança do EI perpetrou um ataque ontem [sexta-feira] em Minya, contra um autocarro que transportava coptas”, disse EI.

Segundo o gabinete do primeiro-ministro egípcio, Chérif Ismaïl, o último balanço do ataque registou 29 mortos.

O autocarro deslocava-se para o mosteiro copta de São Samuel, na província de Minia, no sul do Cairo, e foi atacado por homens armados e encapuzados que se deslocavam em três carinhas e que depois fugiram, segundo o Ministério do Interior egípcio.

O ataque ocorreu um mês e meio depois de atentados contra duas igrejas coptas, que causaram 45 mortos e foram reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

Os coptas são a comunidade cristã mais importante e uma das mais antigas do Médio Oriente, representando entre 10 e 12% dos 90 milhões de egípcios.

Na sequência do ataque, a aviação egípcia bombardeou um campo de treino de jihadistas na cidade de Derna, um dos principais bastiões dos extremistas na Líbia.

Bruxelas apela para que autores do atentado sejam julgados

“Como União Europeia, renovamos o nosso apoio e compromisso para com as autoridades e o povo egípcios na luta contra o terrorismo e esperamos que os responsáveis sejam levados à Justiça e que lhes sejam exigidas responsabilidades“, indicou a porta-voz da alta representante da UE para a Política Externa, Federica Mogherini.

Bruxelas transmitiu as condolências aos familiares das vítimas mortais e dos feridos, além de sublinhar que quando se atacam comunidades religiosas “são atacadas todas as comunidades religiosas, toda a Humanidade”.

“A liberdade religiosa e o direito a rezar de forma segura são direitos humanos fundamentais e quem quer que os viole comete um crime contra a Humanidade”, declarou a porta-voz de Mogherini.

O presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, também condenou o ataque à comunidade copta e exigiu às autoridades egípcias a proteção das minorias.

“O Governo do Egito deve atuar com resolução para proteger as minorias e prevenir os ataques”, escreveu o italiano no seu perfil da rede social Twitter.

// Lusa

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