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Esquerda quer mais dias de férias e mais um feriado

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Clara Azevedo / portugal.gov.pt

Primeiro-Ministro António Costa conversa com deputada Catarina Martins (BE) antes do encerramento do debate do Orçamento do Estado para 2016

Primeiro-Ministro António Costa conversa com deputada Catarina Martins (BE) antes do encerramento do debate do Orçamento do Estado para 2016

Em janeiro do próximo ano, volta ao Parlamento o tema do aumento do número de dias de férias para todos os trabalhadores e a questão de fixar a terça-feira de Carnaval como feriado nacional.

De acordo com o Jornal de Negócios, os partidos de esquerda vão voltar à carga no Parlamento com estes temas a meio de janeiro do próximo ano.

Em causa está o aumento do número de dias de férias para todos os trabalhadores e a fixação da terça-feira de Carnaval como feriado nacional.

Depois de terem sido repostos quatro feriados este ano – dois civis e dois religiosos -, o projeto dos Verdes volta a estar em cima da mesa.

A proposta para que seja feriado no Carnaval deu entrada na Assembleia em novembro de 2015 mas a discussão acabou por ser adiada porque o partido não queria misturar o assunto com a reposição dos feriados obrigatórios. Agora, segundo o jornal, o tema volta ao Parlamento no próximo dia 11.

Por sua vez, no dia 18 de janeiro, os deputados debatem os diplomas do Bloco de Esquerda e do PCP que têm em vista assegurar mais dias de férias aos trabalhadores.

O Negócios escreve que os comunistas têm dois diplomas: um que repõe os 25 dias de férias para a Função Pública, acrescidos de um dia útil de férias por cada dez anos de serviço efetivamente prestado, e outro que atribui o direito a 25 dias de férias anuais também ao setor privado. Já os bloquistas querem os 25 dias de férias anuais para todos os trabalhadores das empresas.

Ainda não é certo se os partidos de esquerda vão alcançar as suas reivindicações mas, de acordo com o jornal, é possível que os Verdes tenham mais sorte. É que o primeiro-ministro sempre se revelou um defensor do feriado no dia de Carnaval mas, no que toca ao aumento das férias, sempre se afastou dessa ideia.

ZAP //

14 Comments

  1. Será que BE e PCP não se tocam?
    Pessoalmente tenho gostado da atuação deste governo. Parece-me que tem tido preocupações sociais, distribuindo, de forma mais justa e equitativa, a austeridade. Só quem não quer ver, porque ande distraído ou por cegueira partidária e ideológica, é que desmente os dados OFICIAIS ( tanto do Eurostat como do INE ) relativos a um conjunto de melhorias nos parâmetros de análise social e económica. Apesar disto parece-me pouco apropriado nos tempos de crise pelos quais toda a europa passa, estes partidos virem exigir mais férias e mais um feriado. Não faz sentido e é, seguramente, lesivo para o País.
    O caminho faz-se andando e o caminho justo faz-se de equilibrios. Da mesma forma que sempre fui contra uma estupida austeridade que esmagou principalmente a classe média e pobre, também sou contra uma lógica que penalize quem investe ora, aumentar dias de férias e “meter” mais um feriado (a propósito nem sei de quê) parece-me desajustado, sem nexo, e algo que não irá contribuir em nada para aumentar o investimento nacional e estrangeiro, na criação de riqueza para o nosso País e de empregos e mais bem estar social para todos nós. Estamos hoje num mercado global, é bom que BE e PCP não se esqueçam disso.

    • Talvez fizesse bem em se informar da quantidade de férias que os nossos parceiros de UE disponibilizam aos empregados!
      Depois já poderá largar as suas “postas de pescada” com fundamento.
      Fica a dica , não precisa de agradecer.

    • N se preocupe com os patrões e empreendedores…Um feriado penaliza a economia? Diga me aonde? No público é indiferente porque não produzem nada são meros prestadores de serviços …. Se no feriado 90℅ dos trabalhadores privados trabalham na mesma e sem receber mais por isso onde é q o patrão tem prejuízo? aliás vai ter lucro porque se pensarmos na área de hotelaria e restauração que é o grosso deste país vai ganhar mais clientes precisamente porque se está de férias

  2. As crianças pedem o pai dá, as crianças pela primeira vez sentem poder de decisão numa aproximação clara ao ABISMO, e o pai não vê?…………Até à mais uma vez à BANCA ROTA!

  3. Será que o Sr ZORRO não se toca?

    Finlandia e França – 30 dias de férias anuais + feriados
    Reino Unido – 28 a 30 dias de férias anuais
    Itália – 26 dias de férias anuais
    Áustria – 25
    Dinamarca -25
    Luxemburgo – 25
    Eslováquia – 25
    Suécia – 25

    Não entendo como é que estes dias de férias são lesivos, maioritariamente em países que têm maior nivel de vida que o nosso.

    Depois vem a questão do aumento do salário mínimo. Todos se queixam do ordenado, no entanto quando é para subir todos se queixam que é pouco e que mais valia não ter subido..

    Depois o Feriado seria o de Carnaval, visto que nem todos têm direito e é uma tradição em Portugal.

    Vá informe-se como é nos outros países que de mesquinhices já estamos todos fartos!!

  4. Pois, mais férias parece-me bem e apoio totalmente. Melhor ainda é se as férias forem para todos!
    É aproveitar a discussão e dar a trabalhadores a recibos verdes, empresários em nome individual, patrões de micro empresas… a possibilidade de não trabalharem no período de férias e receberem por esses dias, mais os correspondentes subsídios.
    Nesse caso, trabalhando 11 meses deixariam de receber os 11 meses actuais e passariam a receber 14 meses. Mais 3 meses de salário, o que não é nada mau!
    É claro que por alturas do Natal os filhos desses trabalhadores continuariam sem receber smartfones, tablets e afins com o dinheiro dos nossos impostos, mas também já sabemos que o dinheiro dos impostos não dá para tudo (todos)…

  5. O Sr Zorro deve andar um pouco distraído. Os dias são bem merecidos. Venham eles, mas o Sr. Zorro não quer pode sempre não os gozar. Os feriados foram retirados e será que a economia do país melhorou assim tanto?

  6. Na sequência do meu comentário, fui diretamente visado ou interpelado, por outros participantes. Respondi com três comentários dirigidos ao “pobreta”, ao “Bruno Marques” e ao “Zé!”. Nem um foi publicado. Paralelamente, fiz outros comentários, no mesmo dia e por volta da mesma hora, a outras notícias aqui no ZAP e, foram publicadas. Não percebo os critérios mas também não deve ser para perceber, afinal, isto é o ZAP.

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