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Esqueleto com mais de 1000 anos pode pertencer a criança assassinada por vikings

Na Irlanda, foi encontrado o esqueleto de uma criança que remete para o período da era Viking. O que torna a descoberta mais intrigante é que a criança pode ter sofrido uma morte violenta –  os arqueólogos acreditam que encontraram uma vítima de assassinato de há mais de 1000 anos.

O misterioso esqueleto da criança foi desenterrado em Dublin, e foi descoberto durante um trabalho de construção perto do Castelo de Dublin, mesmo no coração da cidade. Os restos mortais foram encontrados no local onde o rio Poddle entrava em Dubh Linn – também chamado de “piscina negra”, durante os tempos históricos.

O esqueleto da criança está praticamente intacto, foi encontrado um pouco antes de o rio entrar na piscina, e os cientistas acreditam que seja do século IX ou X. A RTE explica que “depois de todas as escavações, descobriu-se que o esqueleto pertencia a uma criança com idade entre os 10 e os 12 anos – provavelmente um menino”.

Um detalhe caricato mostra que a criança pode ter sido assassinada: uma fivela de ferro foi encontrada, o que pode indicar que a criança pode ter sido amarrada. Também os ombros do esqueleto foram encontrados curvados, um em direção ao outro. Ao que tudo indica, a criança foi lançada no rio Poddle, mas o esqueleto manteve-se  conservado.

Esta prática é surpreende para os arqueólogos, pois na altura era comum fazerem-se enterros adequados. Alan Hayden, da UCD, que liderou a escavação, afirmou que “o fato de o corpo não ter sido enterrado adequadamente, e ter sido despejado dessa maneira pode sugerir um ato de violência”.

É possível que a criança tenha sido assassinada, ou tenha sido vítima de uma guerra. Na época, Dublin foi atacada e apreendida algumas vezes pelos irlandeses, e também foi palco de vários conflitos entre fações vikings rivais. Os vikings governaram Dublin durante quase três séculos, e transformaram a cidade num autêntico reino poderoso.

De acordo com a RTE, “os especialistas vão realizar mais testes para determinar a data de morte, sexo e origem étnica da criança”. Isso pode ajudá-los a perceber melhor a origem da morte, pois provar que a criança morreu devido a um ataque violento pode levar algum tempo e pode ser um processo complexo.

Durante as escavações, os arqueólogos perceberam que o local era muito maior do que se pensava. Notaram ainda que os vikings construíram estruturas de barro ao longo do rio com lacunas que permitiam que os seus barcos fossem transportados para o interior.

No local, as escavações continuam e descobertas futuras podem dar a conhecer novas evidências sobre o misterioso esqueleto. Essa descoberta ocorre num momento em que um novo modelo genético baseado no ADN da Irlanda moderna, mostra que os vikings se misturavam com irlandeses nativos.

ZAP //

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