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Espiões podem estar a usar o LinkedIn para recrutar novos contactos

O LinkedIn é uma rede social de negócios, mas espiões podem estar a usá-la para encontrar novos contactos. Os espiões estarão a usar perfis falsos, gerados por inteligências artificial.

Apesar de ser uma rede social bem intencionada e, à primeira vista, inofensiva para os seus utilizadores, a verdade é que agora um novo perigo pode assolar o LinkedIn. Ao que tudo indica, espiões estarão a criar perfis falsos para contactar novas fontes e contactos secretos.

A notícia avançada pela Associated Press dá conta que há evidências que isto esteja a acontecer na rede social norte-americana. Uma delas é o perfil de Katie Jones, que apesar de parecer uma mulher perfeitamente normal, especialistas em inteligência artificial acreditam que a sua foto tenha sido gerada por computador.

O Fast Company explica que os detalhes que denunciam a sua falta de realismo são subtis, mas que não escapam ao olho atento dos entendidos. A cara ligeiramente assimétrica, um brinco “derretido”, um fundo indistinto, contornos desfocados entre o cabelo e a orelha, e manchas na bochecha são alguns dos indicadores apontados.

Acredita-se que “Katie Jones” esteja a usar o LinkedIn para espionagem, uma vez que enviou pedidos de conexão a especialistas em política e figuras importantes de Washington. Muitos deles aceitaram o pedido e Katie, permitindo a que este perfil tivesse acesso às suas publicações.

“Em vez de enviar espiões para um parque de estacionamento nos Estados Unidos para recrutar um contacto, é mais eficiente sentar-se atrás de um computador em Xangai e enviar pedidos de amizade para 30 mil alvos“, explicou William Evanina, diretor do Centro Nacional de Contra-Inteligência e Segurança dos EUA.

Não é a primeira vez

Já no ano passado havia suspeitas de que a China estivesse a usar o LinkedIn para recrutar espiões nos Estados Unidos. Segundo a Sputnik News, as agências de espionagem chinesas estavam a utilizar contas falsas para recrutar norte-americanos com acesso a segredos comerciais e de governo.

Na altura, Evanina identificou uma pessoa que afirmou ter sido recrutada através dos esforços de espionagem chineses, Kevin Mallory, um oficial da CIA reformado, que foi declarado culpado em junho por conspiração e espionagem para a China.

Evanina disse à Reuters que Mallory foi contactado por espiões chineses através do Linkedin em 2017, antes de ter acordado a venda de segredos de Defesa dos EUA aos chineses.

Ele ainda apontou que o LinkedIn deveria seguir medidas semelhantes às do Twitter e do Facebook, que excluem contas supostamente utilizadas por inteligências de outros países. Evanina ainda acusou a Rússia, o Irão e a Coreia do Norte de utilizarem o LinkedIn para os mesmos fins.

ZAP //

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