A intervenção na saúde mental e prevenção do ‘burnout’ é prioritária nas empresas, concluiu um estudo do Laboratório Português dos Ambientes de Trabalho Saudáveis. Semana de quatro dias pode ser solução.
Os trabalhadores da saúde, educação e administração pública são os que apresentam maior risco de ‘burnout’. Neste grupo de maior índice de risco inclui-se também quem trabalha nos setores dos transportes, área social e comércio e retalho.
O Laboratório Português de Ambientes de Trabalho Saudáveis (LABPATS) recomenda a concretização da semana de quatro dias de trabalho, sem perda de remuneração.
“Esta semana de quatro dias só funciona com algumas condições: que a pessoa não fique a receber menos, e que a pessoa não tenha que fazer o trabalho de todos os dias naqueles quatro dias, senão acaba por ficar completamente sobrecarregado”, explicou Tânia Gaspar, coordenadora do trabalho desenvolvido pelo LABPATS.
O estudo, a que a Lusa teve acesso, aponta para a necessidade de as empresas desenvolveram estratégias de gestão de conflitos e chama a atenção para as empresas trabalharem a questão da liderança.
Foram analisados cerca de 2.000 trabalhadores de setores de atividade como a saúde, administração pública, transportes, alojamento e restauração, educação e industria, entre outras, identificando níveis de risco elevado em termos da saúde mental, com quase 80% dos trabalhadores a apresentarem pelo menos um sintoma de ‘burnout’.
“O facto de cerca de 80% dizer que tem pelo menos um dos destes sintomas – tristeza, irritabilidade, exaustão e cansaço extremo é algo que nos preocupa”, sublinhou a especialista, frisando que 63% das pessoas apresentam todos os sintomas”.
Esta situação afeta o profissional em diversas áreas da sua vida, incluindo a saúde física, social e a saúde laboral. “Logo, a própria empresa acaba por ficar afetada”, observou a coordenadora.
Os investigadores avaliaram várias organizações a nível nacional e, depois, fizeram estudos específicos por setores de atividade, uma vez que o comportamento de alguns setores de atividade “envolve mais risco do que outros”.
Segundo os dados a que a Lusa teve acesso, são três as dimensões que apresentam maior risco: saúde mental e ‘burnout’, as lideranças e os recursos – ou, neste caso, a falta deles.
“Às vezes não é só o excesso de trabalho. Há vários fatores de risco para o ‘burnout’. Por exemplo, pode haver exigência extrema a nível do esforço físico e psicológico, emocional ou até cognitivo, mas também [contribuem] as tensões e relações tóxicas com as lideranças e com os próprios colegas de trabalho”, explicou Tânia Gaspar.
Neste estudo, os trabalhadores disseram igualmente que se sentem pouco valorizados, que sentem que não são envolvidos na tomada de decisões, que a liderança está focada na obtenção de resultados e não o suficiente no bem-estar dos profissionais.
É preciso mudança
Tânia Gaspar considera que as empresas têm de mudar o seu paradigma “se querem reter os profissionais”.
As novas gerações têm outra atitude face ao trabalho e valorizam realmente muito o bem-estar: “o trabalho é uma área da sua vida, mas não é a área da sua vida”, explicou Tânia Gaspar
Para incentivar as organizações a promoverem ambientes de trabalho saudáveis, recomendam a criação de incentivos e/ou benefícios fiscais.
Defendem também que a saúde e bem-estar devem ser prioridades na definição de políticas e programas nos diferentes ministérios e que se deve valorizar e promover a confiança e celeridade do Sistema de Mediação Laboral e Sistema Judicial, atribuindo mais recursos. Tudo com auditorias regulares para monitorizar o cumprimento da lei.
“Esta questão da saúde e do bem-estar tem de ser uma prioridade (…) transversal aos vários programas dos vários ministérios. Nós não podemos achar que isto porque tem lá nome saúde é do Ministério da Saúde ou, porque tem o nome trabalho, é do Ministério do Trabalho”, afirmou a especialista.
Ao nível das organizações, recomendam que as empresas tenham programas de prevenção dos riscos psicossociais e de promoção do bem-estar psicológico, participação e desempenho dos profissionais, “principalmente ao nível do stress, ‘burnout’, assédio e na conciliação entre o tempo de trabalho e o tempo de lazer”.
Devem igualmente promover a participação dos profissionais na definição das políticas empresariais e na participação em atos de gestão das organizações, assim como permitir o teletrabalho ou trabalho híbrido, sempre que possível.
Ao nível das lideranças, aconselham a que se coloque o bem-estar dos profissionais como uma prioridade das práticas de gestão de recursos humanos e que se incentive a formação continua de conhecimentos e competências de liderança.
Para um ambiente de trabalho saudável, recomendam a promoção da liderança baseada na empatia, e a promoção de recompensas aos profissionais pelo seu mérito – sejam elas financeiras ou não financeiras, como por exemplo a atribuição de dias de folga/férias extra.
“Dar voz” aos profissionais, promovendo momentos de partilha, escuta ativa com segurança psicológica é outras das recomendações na área das lideranças.
Ao nível dos profissionais, aconselham a que desenvolvam competências de autocuidado, autorregulação e autoconhecimento – para evitar situações extremas como o ‘burnout’ – e defendem que devem apoiar e envolver-se na elaboração das estratégias de melhoria das condições de trabalho.
ZAP // Lusa
É curioso que ninguém diz como é que se vai dar trabalho aos Portugueses que desde 2012 se vêm submetidos ao desemprego e instabilidade laboral, fruto das más políticas praticadas pelos Governos do ex-Primeiro-Ministro, Pedro Coelho, e do Sr.º Primeiro-Ministro, António Costa.
Se não há trabalho em Portugal, se não geram empregos, os Portugueses vão viver do quê?
O Figueiredo está errado. Neste momento, em Portugal, está no desemprego apenas quem quer. Há imensas vagas que ficam por preencher. As empresas não conseguem contratar o pessoal necessário. Aparentemente, isto estará a inverter como resultado da paragem de algumas economias nossas clientes. Mas nos últimos anos quase que se pode afirmar que não houve desemprego em Portugal. O que existe é residual e geralmente é relativo a pessoas que preferem não trabalhar.
Você está a mentir e fá-lo por ignorância ou então é mal-intencionado, os Portugueses apresentam-se para trabalhar e as empresas não contratam; os Portugueses entregam e enviam currículos durante dias, meses, anos, e não recebem resposta; a maioria dos negócios e empresas privadas em Portugal vivem à custa de subsídios pagos com o dinheiro dos Contribuintes que financia o Orçamento do Estado (OE), pouco ou nada produzem, são mal geridas, possuem desde o topo à base um quadro orgânico com pessoas medíocres e sem perfil para as funções, com uma imensa falta de profissionalismo, mau ambiente, estupidificação, vitimização, inveja, embrutecimento, infantilização, e falta de educação, onde o incumprimento dos Direitos Laborais e do que está escrito na Lei no que toca ao correcto funcionamento das empresas/negócios e as suas especificidades são a regra.
Até 2012, bem ou mal, os Portugueses lá iam arranjando trabalho, havia emprego, só não trabalhava quem não queria, a partir de 2013 o trabalho e a economia em Portugal foram e estão a ser destruídos através das más políticas praticadas pelos Governos do ex-Primeiro-Ministro, Pedro Coelho, e do Sr.º Primeiro-Ministro, António Costa.
A iniciativa vai ser muito boa. Ao invés das pessoas terem um emprego a ganhar o salário mínimo vão poder ter dois para poderem pagar as despesas, pois afinal toda a gente sabe que é impossível viver com o salário mínimo em Portugal.
O mais fixe vai ser se a moda pega e os empresários resolvem fazer o mesmo, mas para estes manterem a remuneração vão ter que aumentar os preços…..
Se não fosse trágico era cômico.