O Governo espanhol vai subir o salário mínimo em 5%, passando dos 1.080 euros para os 1.134 euros por mês. A subida foi decidida sem o acordo do patronato que queria um aumento de apenas 4% com algumas contrapartidas.
Sem a presença dos “patrões” nas negociações, o Governo fechou um acordo com os Sindicatos para uma subida de 5% no salário mínimo nacional (SMN). O valor passa, então, para os 1.134 euros por mês, com efeitos retroactivos a Janeiro de 2024.
Os representantes do patronato queriam uma subida de apenas 4%, com bonificações para as contratações no sector agrícola e uma subida nos valores dos contratos por concurso público. Mas os Ministérios do Trabalho e das Finanças recusaram a proposta, o que levou os “patrões” a retirarem-se das negociações.
O acordo alcançado entre o Governo e os Sindicatos vai beneficiar cerca de 2,5 milhões de trabalhadores, conforme adiantam os responsáveis do Executivo espanhol.
“Subir o salário mínimo é a melhor política contra a desigualdade“, destaca a ministra do Trabalho, Yolanda Díaz, numa publicação no X, antigo Twitter, onde refere que a medida beneficia, sobretudo, as mulheres e os jovens.
Espanha subiu salário mínimo em 54% desde 2018
Yolanda Díaz também realça que, desde 2018, Espanha já subiu o salário mínimo nacional em 54%, passando dos 736 euros para os 1.134 euros actuais.
O maior salto ocorreu em 2019, quando passou para os 900 euros mensais, o que constituiu uma subida de 22%.
Subir el SMI es la mejor política contra la desigualdad. Conseguimos, junto a sindicatos, un aumento del 5%.
Mejoramos la vida de la gente trabajadora, especialmente mujeres y jóvenes. Subir los salarios no destruye empleo, nos hace un país mejor. pic.twitter.com/GTcIsODEA2
— Yolanda Díaz (@Yolanda_Diaz_) January 12, 2024
O Secretário de Estado de Trabalho, Joaquín Pérez Rey, também nota que o aumento do salário mínimo “permite que os mais vulneráveis tenham mais 54 euros por mês para viver”, conforme declarações citadas pelo El País.
“A experiência demonstra-nos que a desigualdade não é compatível com o bem-estar“, diz, por seu turno, o presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, numa publicação no X.