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Espanha sobe o salário mínimo para 1.134 euros (contra a vontade dos patrões)

AntonMST29 / Wikimedia

Yolanda Díaz, Ministra do Trabalho e Economia Social de Espanha

O Governo espanhol vai subir o salário mínimo em 5%, passando dos 1.080 euros para os 1.134 euros por mês. A subida foi decidida sem o acordo do patronato que queria um aumento de apenas 4% com algumas contrapartidas.

Sem a presença dos “patrões” nas negociações, o Governo fechou um acordo com os Sindicatos para uma subida de 5% no salário mínimo nacional (SMN). O valor passa, então, para os 1.134 euros por mês, com efeitos retroactivos a Janeiro de 2024.

Os representantes do patronato queriam uma subida de apenas 4%, com bonificações para as contratações no sector agrícola e uma subida nos valores dos contratos por concurso público. Mas os Ministérios do Trabalho e das Finanças recusaram a proposta, o que levou os “patrões” a retirarem-se das negociações.

O acordo alcançado entre o Governo e os Sindicatos vai beneficiar cerca de 2,5 milhões de trabalhadores, conforme adiantam os responsáveis do Executivo espanhol.

“Subir o salário mínimo é a melhor política contra a desigualdade“, destaca a ministra do Trabalho, Yolanda Díaz, numa publicação no X, antigo Twitter, onde refere que a medida beneficia, sobretudo, as mulheres e os jovens.

Espanha subiu salário mínimo em 54% desde 2018

Yolanda Díaz também realça que, desde 2018, Espanha já subiu o salário mínimo nacional em 54%, passando dos 736 euros para os 1.134 euros actuais.

O maior salto ocorreu em 2019, quando passou para os 900 euros mensais, o que constituiu uma subida de 22%.

O Secretário de Estado de Trabalho, Joaquín Pérez Rey, também nota que o aumento do salário mínimo “permite que os mais vulneráveis tenham mais 54 euros por mês para viver”, conforme declarações citadas pelo El País.

“A experiência demonstra-nos que a desigualdade não é compatível com o bem-estar“, diz, por seu turno, o presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, numa publicação no X.

ZAP //

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