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Espanha poderá ser o primeiro país na Europa a avançar com rendimento básico universal

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A ministra da Economia espanhola assegurou, este domingo, que o Governo está a trabalhar para aplicar o rendimento básico universal, embora não tenha dado ainda uma data concreta.

Em declarações ao canal televisivo laSexta, a ministra da Economia, Nadia Calviño, assegurou que o Governo espanhol está a estudar a implementação do rendimento básico universal para a população.

“Está no acordo do Governo e vamos implementá-lo no decorrer da legislatura”, assegurou a governante no último domingo, alertando, porém, que “há elementos a ter em conta”.

Este rendimento consiste num pagamento regular feito a todos os cidadãos, sendo que o montante pago pelo Estado pode diferir com base em vários fatores demográficos.

“O ministro [da Inclusão, Segurança Social e Migração] José Luis Escrivá, juntamente com outros ministérios, está a coordenar como preparar este rendimento básico universal, como se complementa por outros instrumentos e qual é a população-alvo”, explicou.

A ministra assinalou que o objetivo é começar com “um projeto piloto daquilo que posteriormente se quer pôr em marcha de uma forma geral e com caráter permanente”. No entanto, Calviño não deu uma data específica para a implementação desta medida.

É um trabalho complicado e estamos com muitas frentes neste momento, mas o ministério está a trabalhar decididamente nele e vamos fazê-lo o mais rapidamente possível”, disse ainda a governante do Executivo socialista.

A ministra destacou que, perante a crise provocada pela pandemia de covid-19, o Governo está a “tomar uma série de medidas para que ninguém seja deixado de fora ou deixado para trás, começando pelos trabalhadores”.

Calviño insistiu que o Governo “fortaleceu muito a capacidade no âmbito das políticas sociais para que, até que seja implementado o rendimento básico universal, haja uma série de instrumentos que apoiem a população”, com especial ênfase “nos mais vulneráveis”.

De acordo com o jornal The Independent, se esta medida for implementada com sucesso, Espanha poderá tornar-se o primeiro país da Europa a introduzir este programa em todo o país e a longo prazo.

A medida já foi testada em vários países como, por exemplo, na Finlândia, cujo programa acabou em fevereiro de 2019, dois anos depois do seu início.

Durante esse período, os finlandeses desempregados receberam um pagamento mensal fixo de 560 euros, mas os investigadores concluíram que, embora estas pessoas fossem mais felizes e saudáveis, não tinham mais probabilidade de encontrar emprego.

Nas últimas 24 horas, Espanha registou 743 mortes devido ao novo coronavírus, uma subida no número diário de vítimas mortais após quatro dias a descer que eleva para 13.798 o número total de óbitos.

De acordo com o Ministério da Saúde, foram confirmados 5478 novos infetados, uma subida depois de vários dias também a descer, sendo agora o total de contagiados de 140.510.

ZAP //

9 Comments

  1. Uma medida excelente, uns trabalham para pagar os outros que não querem trabalhar.
    Se querem justiça, invistam no mercado para captar empresas, obriguem a salários mínimos e fiscalizem quem não os paga por ter trabalhadores não Europeus (mesmo que sejam legais, eles aceitam menos porque tem mais necessidades), se uma empresa for obrigada a pagar o mesmo a um estrangeiro que paga a um Espanhol não há necessidade de os importar (pratica comum de trazer trabalhadores com contrato que depois ajudam a legalizar, porque lhes sai bem mais barato)
    Aumentem a oferta de trabalho e já não tem de pagar para quem fica em casa. Estamos a falar de Espanha, mas Portugal vai pelo mesmo caminho … porque dá votos.
    Quando o dinheiro acaba vem falar de solidariedade europeia e esperam que os governos do norte ajudem a pagar.

  2. Ah pois….para medicamentos não tem. Para manter “votantes” já há dinheiro (pois não é outra coisa o que estes gajos andam à procura)
    E pensam que os holandeses e Alemães são idiotas. Mutualizar a dívida para que sejam os outros a pagar os juros.

  3. Os Finlandeses, cautelosos, fazem uma experiência-piloto e quando vêem que os resultados não são positivos, cancelam.
    Os românticos políticos espanhóis, não só não aprendem com os outros, como querem ir já em frente sem um programa-piloto.
    Depois exigem que os países do Norte paguem as suas asneiras…

  4. Aproveitam agora a altura em que o país e o mundo estão numa situação de grande progresso e certezas para anunciarem tal medida, em todo o caso são sempre notícias com algum quê de psicológico para tentar manter o império unido sem contestação de maior.

  5. Parabéns, como levou a sociedade ao longo da história tanto tempo a chegar a isto, não sei, mas ainda hj juntou mais um grande apoiante, o CEO do Twitter com uma doacao astronomica. Clap clap clap.

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