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Espanha acusa hackers chineses de roubarem informações de vacina contra coronavírus

O Centro Nacional de Inteligência (CNI) espanhol argumenta que hackers chineses terão, alegadamente, acedido a informações confidenciais sobre o desenvolvimento de uma vacina contra o novo coronavírus.

A diretora do CNI, Paz Esteban, alerta para um aumento “qualitativo e quantitativo” dos ataques durante o período de confinamento. Em causa está o aumento do número de funcionários em teletrabalho, o que potencia a exposição a estas ameaças.

De acordo com o Expresso, os ciberataques foram dirigidos a “setores sensíveis como o sanitário e o farmacêutico”. Esteban refere que o fenómeno não é exclusivo a Espanha e que se trata de “uma campanha especialmente viral contra laboratórios que trabalham na busca de uma vacina para a covid-19”.

Os ataques informático são provenientes, principalmente, da China e da Rússia. O objetivo é conseguir informações para depois serem vendidas no mercado negro.

Entre os países visados pelos dois hackers estão Estados Unidos, Austrália, Bélgica, Alemanha, Japão, Lituânia, Países Baixos, Coreia do Sul, Suécia, Reino Unido e Espanha.

Moderna publica protocolo completo do ensaio clínico para a vacina

A sociedade americana de biotecnologia Moderna, uma das nove no mundo na última fase de ensaios clínicos de uma vacina contra a covid-19, publicou esta quinta-feira um protocolo completo do ensaio, sendo a primeira empresa a responder aos apelos de maior transparência.

A iniciativa acentua a pressão sobre as concorrentes, nomeadamente o laboratório Pfizer, outro fabricante americano atualmente na fase 3 ativa dos ensaios nos Estados Unidos, que passa por verificar em dezenas de milhares de voluntários a eficácia e a segurança da vacina experimental.

A corrida às vacinas tornou-se muito politizada nos EUA com a aproximação da eleição presidencial de 3 de novembro. Donald Trump já prometeu na quarta-feira que haverá uma vacina autorizada até outubro, sustentando dúvidas de eventuais pressões sobre a Agência dos Medicamentos (FDA), que deverá tomar a decisão.

“Não confio em Donald Trump”, afirmou o rival democrata, Joe Biden.

Os peritos e responsáveis da administração Trump dizem que não podem prever os resultados dos ensaios em curso e que é de todo improvável ter resultados antes do fim do ano. As doses serão muito limitadas na fase inicial, insistiram as autoridades sanitárias.

A própria Moderna aponta para resultados em novembro. Outubro é possível, mas “improvável”, disse esta quinta-feira na CNBC o diretor-geral da empresa, Stéphane Bancel. O protocolo publicado, com 135 páginas e classificado como “confidencial”, fixa os parâmetros do ensaio e os critérios para dizer quando e como considerar os resultados conclusivos.

ZAP // Lusa

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