Espanha 7-0 Costa Rica | Atropelamento à prova de surpresas

De outro campeonato. A Espanha estreou-se no Qatar 2022 com uma goleada à Costa Rica por 7-0, numa demonstração de superioridade tal que em nenhum momento foi sequer questionada.

Já nem é preciso falar da posse de bola, que andou sempre acima dos 80% ao longo da partida. O “carrossel” de passes e combinações da “la roja” foi demais para costa-riquenhos que nem conseguiram esboçar reação, mostrando estar num patamar muito inferior… ou então a Espanha num bem superior. Perto da meia-hora já estava tudo mais ou menos decidido. Golos de Dani Olmo, Marco Asensio, Ferrán Torres (2), Gavi, Soler e Morata.

Pegar na bola e escondê-la por 90 minutos

A primeira parte foi, sem dúvida, a mais desequilibrada de todo o Mundial 2022. Espanha pegou no jogo desde o início e não partilhou a bola com ninguém (82% de posse), trocando-a com critério e tranquilidade, antes de acelerar no último terço para destroçar a defesa da Costa Rica. Dani Olmo abriu o activo cedo, Asensio ampliou pouco depois num belo remate e Ferrán Torres fechou as contas da primeira parte de penáti, estava jogada sensivelmente meia-hora. Os costa-riquenhos nem esboçaram reação.

O melhor desta fase era o criativo do Barcelona, Pedri. O médio contava com um GoalPoint Rating de 7.3, graças a uma ocasião flagrante criada em três passes para finalização, dois passes de rutura, 69 entregas certas em 72 (96%) e uma demonstração de inteligência e visão acima da média.

A segunda parte foi como a primeira. Domínio total de Espanha, Costa Rica a ver jogar, impotente, e a “la roja” a construir e a marcar. Até final conta a história dos golos. Ferrán Torres fez o 4-0 aos 54 minutos, o extraordinário Gavi (74′) garantiu a “manita”, Soler, em cima do minuto 90, colocou o resultado na meia-dúzia e Morata, nos descontos, marcou o sétimo. Oito remates enquadrados, sete golos. Estupendo.

Melhor em Campo: Gavi

O seu colega no Barça, Pedri, liderou os ratings durante bastante tempo, mas a partir de sensivelmente meio da segunda parte, Gavi assumiu a dianteira. O médio fez um golo, acertou 90% dos passes que realizou, recebeu dez progressivos e sofreu cinco faltas, máximo do jogo. Mostrou técnica, classe, sentido posicional e visão de jogo.

Destaques de Espanha

Pedri (7.6) – O melhor do primeiro tempo, segundo melhor do jogo. Visão, cultura táctica, inteligência pautam o jogo de Pedri, que criou uma ocasião flagrante em três passes para finalização, fez dois passes de ruptura, terminou com uma eficácia global nas entregas de 97% e somou quatro variações de flanco.

Morata (7.4) – Entrou na segunda parte para causar ainda mais problemas à defesa da Costa Rica. Em cerca de 35 minutos em campo fez um golo, uma assistência e um passe de ruptura.

Jordi Alba (7.2) – Muita solidez no passe por parte de Alba. Além de uma assistência, acertou 99 de 106 passes (93%) e acumulou 125 acções com bola.

Destaques da Costa Rica

Borges (5.3) – O médio foi o menos mau dos costa-riquenhos, com 88% de eficácia de passe e três duelos aéreos ofensivos ganhos em três.