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Esfaqueamento: 130 crianças não foram à escola. Atenção a quem melhora as notas

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Patrulha da GNR não convenceu muitos pais na Azambuja. É altura de estar ainda mais atento a sinais dos outros alunos.

Os incêndios dominam a actualidade, mas o país ficou chocado com o raro esfaqueamento numa escola, e por parte de um aluno de apenas 12 anos.

Aconteceu na terça-feira passada, Escola Básica 1, 2 e 3 de Azambuja. Seis alunos entre os 12 e os 14 anos foram esfaqueados, um deles ficou em estado grave.

No dia seguinte, quarta-feira, a escola abriu normalmente. Uma patrulha da GNR esteve nas imediações da escola durante a manhã para aumentar a sensação de segurança de alunos, encarregados de educação e professores.

Mas a inquietação, o medo, predominam: no universo de 450 crianças da escola, cerca de 130 não foram às aulas. É quase um terço.

Ainda não se sabe o que originou este ataque. O aluno agressor – que entrou na escola com um colete à prova de balas – nunca tinha dado qualquer sinal de alerta, era um “aluno como os outros, tudo normal”, segundo o presidente da Câmara Municipal da Azambuja, Silvino Lúcio. Suspeita-se de bullying.

Não se sabe o que vai acontecer a este estudante, mas também é preciso estar muito atento ao que vai acontecer aos outros estudantes daquela escola.

A psicóloga Rute Agulhas salienta que deve haver supervisão em casa, os pais devem estar cada vez mais atentos: o que os filhos levam nas mochilas, o que vêem na internet, o que jogam…

Na TSF, Rute Agulhas afastou o mito que só alunos com piores notas, ou com piores comportamentos, é que cometem este tipo de desvios.

Para o que se segue, um aviso que pode surpreender: “Devem estar atentos aos alterações de comportamentos, ou alteração no rendimento escolar: e atenção que nem sempre o sinal é um declínio do rendimento escolar”.

Às vezes há um aumento do rendimento escolar: os miúdos sobreinvestem no estudo, refugiam-se nos livros, na biblioteca, como forma de não pensar nos outros problemas”, alertou a psicóloga.

Em relação ao agressor, Rute espera um grande suporte. E deixa perguntas a nível social: “Como é que os outros miúdos olham agora para ele? Querem continuar a falar com ele? Querem cortar relações? É o único com quem ninguém vai querer estar?”.

ZAP //

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