O Ministério da Educação enviou para as escolas “Recomendações para o Ensino e Aprendizagem sobre o Holocausto” que permite conservar a memória, mas também “prevenir a intolerância para com o outro”.
A Direção-Geral da Educação traduziu para português o manual que agora pode ser utilizado por professores e educadores no ensino do tema do Holocausto.
O documento já foi enviado para as escolas, anunciou este sábado a tutela num comunicado enviado para as redações. Este manual é mais um instrumento que serve para “fomentar a memória do Holocausto, promover a prevenção e o combate a todas as formas de discriminação, antissemitismo, xenofobia, racismo, homofobia e outras de desrespeito pela dignidade humana”, sublinha o ME.
Estas matérias são abordadas pelos alunos do 9.º e 11.º anos, na disciplina de História, assim como pelos estudantes do 12.º ano que optem pela nova disciplina de oferta de escola – “História, Culturas e Democracia”.
Também em Cidadania e Desenvolvimento é abordada esta temática no domínio dos Direitos Humanos, de acordo com a Estratégia Nacional da Educação para a Cidadania “e a necessidade de promover o respeito pelo Outro numa sociedade que se quer inclusiva, promotora da igualdade, da democracia e da justiça social”, refere o ministério.
Portugal é desde dezembro de 2019 membro da IHRA – International Holocaust Remembrance Alliance, um fórum que dinamiza a cooperação internacional para conservar a memória dos factos, combater o antissemitismo, prevenir a intolerância para com o Outro e evitar novos genocídios.
As Recomendações para o Ensino e a Aprendizagem sobre o Holocausto beneficiam do conhecimento especializado de delegados de mais de 30 países membros e o seu objetivo é servir de base não só a educadores mas também para o trabalho de políticos e outros profissionais, pode ler-se no site da IHRA onde já se encontra o documento traduzido para português.
A publicação está disponível online.
No site da IHRA é possível fazer o download, sendo também possível aceder aí a trechos do “Resumo Executivo” e do “Porquê”, “O quê” e “O como”.
// Lusa