O vídeo em causa mostra militantes do Hamas ao som de música flamenca e agradece a Pedro Sánchez pelo “apoio” ao grupo islâmico. A polémica surge depois de Espanha anunciar que vai reconhecer o Estado da Palestina.
Um vídeo divulgado pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Israel Katz, está a causar uma crise diplomática com Espanha.
O vídeo mostra uma montagem de imagens de militantes do Hamas misturadas com clipes duas pessoas a dançar flamenco, acompanhado pela mensagem “Pedro Sánchez, o Hamas agradece os seus serviços”.
”Escandaloso y execrable”, así califica el ministro
Albares este vídeo
publicado por su homólogo israelí. pic.twitter.com/tfSnWPmPxj— Almudena Ariza (@almuariza) May 26, 2024
Esta polémica surge poucos dias depois de Espanha ter anunciado, juntamente com a Noruega e a Irlanda, que vai reconhecer formalmente o Estado da Palestina no próximo dia 28 de Maio. O Governo israelita criticou a decisão, classificando-a como uma “recompensa pelo terror”.
Katz também anunciou que ia “cortar a ligação” entre a missão diplomática da Espanha e os palestinianos na Cisjordânia ocupada ilegalmente por Israel. “Decidi cortar a ligação entre a representação de Espanha em Israel e os palestinianos, e proibir o consulado espanhol em Jerusalém de prestar serviços aos palestinianos da Cisjordânia”, referiu, descrevendo ainda como anti-semita o apelo de Pedro Sánchez para ”libertar a Palestina do rio ao mar”.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros de Espanha, José Manuel Albares, descreveu o vídeo como “escandaloso e execrável”. “Eu vi o vídeo, ainda antes de viajar para Bruxelas […], é escandaloso e execrável. Todo o planeta sabe, incluindo o meu colega israelita que nós condenámos o Hamas e as suas ações”, disse José Manuel Albares, em conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro da Autoridade Palestiniana, Mohammad Mustafa, em Bruxelas.
José Manuel Albares frisou ainda que o reconhecimento do Estado da Palestina é legítimo, da mesma maneira que “o povo israelita tem direito a um Estado”, e lembra que a solução de dois Estados é a política oficial defendida pelas resoluções das Nações Unidas. “Ninguém vai nos intimidar”, garantiu ainda.
O chefe da diplomacia espanhola avançou também que o Governo de Madrid vai avaliar as alegações feitas pelo homólogo israelita, sem especificar se haverá retaliações diplomáticas. Em tom de ironia, Albares disse ainda estar ansioso para ir a um espectáculo de flamengo “assim que puder” já que a dança celebra a união.
Lá vem os israelitas com o seu habitual choro.
De muito mau gosto, mesmo. Mostra o que valem os membros do Governo Israelita.
As vezes é só com sarcasmo que seja descoberta algo inconcebível que é que a Espanha ponha em causa a própria existência do Estado de Israel. Esquerdismos que recusam ver o óbvio: porque é que os iraelitas tomadas de refém ainda não foram libertados?
Um governo assim é bonificado com reconhecimento?
O hamas é responsável pelos mortos de palestinianos e não os Israelitas
A tomada de reféns civis é sempre uma violação do direito internacional e dos direitos humanos. A sua libertação pelo Hamas não pode ser objeto de negociações. Os reféns têm de ser incondicionalmente libertados, e não se pode manter uma relação com o Hamas enquanto essa libertação incondicional não for feita.
Claro que os israelitas não são responsáveis pelos mortos palestinianos. Aliás, está para nascer o dia em que os israelitas sejam responsáveis seja pelo que for!
Nunca esquecer: Os israelitas nunca cometem crimes, são sempre vítimas.
Os israelitas são sempre vítimas.
Os israelitas são sempre vítimas.
É isso. Toca a repetir, até a ideia entrar.
Com esta decisão, Espanha está, ainda que não deliberadamente, a premiar o Hamas.
Está a dizer a todos os terroristas islâmicos: vejam, cometer atrocidades funciona!
Nem que se mate milhares de palestinianos para essa troca, a Israel tudo e tolerado o outro bem tentou mas sozinho não foi capaz. os israelitas são uns santinhos, cambada de opurtunistas..
Agora é só substituir “israelitas” por “palestinianos” e estás mais próximo da verdade.