Escândalo sexual abala o Irão. Vídeo mostra líder islâmico a ter relações com um homem

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Meghdad Madadi / Wikimedia

O presidente do Irão, Ebrahium Raissi

O chefe de orientação islâmica, Reza Tsaghati, foi suspenso após a circulação de um vídeo onde alegadamente tem relações sexuais com um homem.

Um vídeo explícito que está a circular nas redes sociais levou à suspensão de Reza Tsaghati, chefe de cultura e orientação islâmica na província de Gilan, no Irão, conhecido por promover valores islâmicos.

Embora a autenticidade do vídeo e as identidades dos indivíduos envolvidos ainda não estejam confirmadas, as imagens alegadamente mostram Tsaghati envolvido num ato sexual com outro homem.

O vídeo explícito, que foi divulgado pelo canal de oposição Radio Gilan no Telegram, provocou indignação generalizada online. O chefe editor da Radio Gilan, Peyman Behboudi, prometeu continuar a expor a “corrupção entre os oficiais do regime“.

A homossexualidade é um crime segundo a lei iraniana, que se baseia nos princípios islâmicos da Sharia, com os culpados a enfrentar punições severas, que podem chegar até às penas de morte. Este incidente destaca os riscos contínuos e a discriminação diária vivenciada pela comunidade LGBT+ no país.

Em resposta ao escândalo, as autoridades iranianas negaram quaisquer relatórios negativos anteriores relativos a Tsaghati. O ministro da cultura do Irão, Mohammad Mehdi Esmaili, confirmou a suspensão de Tsaghati da sua posição, aguardando mais investigações, revela a BBC.

Embora as autoridades inicialmente tenham permanecido em silêncio, o departamento de orientação cultural e islâmica de Gilan emitiu uma declaração reconhecendo o “passo em falso suspeito” do seu diretor e afirmando que o caso foi encaminhado para as autoridades judiciais.

O incidente desencadeou debates sobre a hipocrisia dentro do sistema e o contraste acentuado no tratamento entre os oficiais acusados e o público em geral.

Recorde-se que o Irão viveu grandes tumultos e agitação social nos últimos meses, depois da morte de Mahsa Amini, de 22 anos, que morreu três dias depois de ser detida pela polícia de moralidade do Irão por supostamente não estar a usar o véu islâmico corretamente. A sua morte gerou uma onda de prostestos em defesa dos direitos das mulheres e da liberdade dos cidadãos.

ZAP //

2 Comments

  1. No Irão, uma mulher não usar o véu islâmico corretamente é crime e já morreram muitas jovens por isso à mão da polícia dos costumes e da moral, mas 2 homens do regime terem relações sexuais, como são homens e são do poder é substimado.

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