Foi dado um passo histórico para termos um computador quântico em casa

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(dr) IBM Research

O interior de um computador quântico na IBM

A Google deu esse passo, ao reduzir os erros nos cálculos efectuados por computadores quânticos. Número de qubits aumentou.

A computação quântica poderá passar ao lado de muitos leitores. Admitimos que alguns nem sabem o que é.

Mas há empresas de tecnologia em cima deste assunto. Não é só o ChatGPT, ou a Inteligência Artificial no geral, que está a ser o foco dos especialistas em tecnologia.

Os computadores quânticos aceleram a factorização de grandes números, quebrar códigos num período mais curto; algo que é mais complicado para computadores tradicionais. A velocidade de processamento é outra.

Mas há um problema fulcral: os erros. O número de erros que os computadores quânticos cometem. Ou ainda cometem.

Os qubits são tão sensíveis, que até a luz pode fazer com que errem nos cálculos. Quanto maior o computador quântico, maior a probabilidade de erros. O qubit é a unidade básica de informação quântica.

A Google deu um passo importante para inverter esse cenário.

O director-executivo da empresa, Sundar Pichai, anunciou no blogue da Google que a sua equipa de desenvolvimento de Inteligência Artificial em computação quântica conseguiu reduzir os erros nos cálculos efectuados por computadores quânticos.

Como? Aumentando o número de qubits utilizados.

A informação foi espalhada por vários qubits físicos para criar um qubit lógico. Mais concretamente, o qubit lógico criado pela Google tem 49 qubits físicos; e esse qubit lógico foi mais eficaz do que um qubit lógico com 17 qubits físicos.

Sundar Pichai considera que só assim se poderá ser criado um computador quântico com taxa de erros suficientemente baixa, para ser utilizável no dia-a-dia. Para ser prático.

A revista PC Guia sublinha que esta capacidade de corrigir erros é um novo passo para a massificação da computação quântica. Ou seja, para os computadores quânticos começarem a aparecer na casa de qualquer pessoa interessada.

Aspectos a melhorar, segundo Pichai: sistemas criogénicos e o design e os materiais empregues nos qubits.

A Google reforçou que os computadores quânticos vão superar os computadores actuais, nas resolução de problemas: identificação de moléculas para novos medicamentos, desenvolvimento de tecnologias de baterias mais eficientes e criação de fertilizantes utilizando menos energia.

Continuamos a caminhar para o momento em que os computadores quânticos trabalhem em conjunto com os computadores que conhecemos.

ZAP //

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