A equipa de campanha de Donald Trump processou o The New York Times. Em causa está um artigo publicado em março do ano passado.
A equipa de campanha de Donald Trump alega que o jornal publicou, propositadamente, um artigo de opinião falso sobre a interferência da Rússia nas eleições norte-americanas de 2016, avança a Reuters.
O processo, movido pela equipa que coordena a recandidatura do Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos junto do Supremo tribunal de Nova Iorque, refere-se a um artigo de opinião, publicado em 27 de março de 2019 pelo antigo diretor Max Frankel, com o título The Real Trump-Russia Quid Pro Quo.
A campanha do atual Presidente quer que o The New York Times seja responsabilizado “por publicar intencionalmente afirmações falsas contra a campanha do Presidente Trump”. A equipa considera as alegações “100% falsas e difamatórias” e argumenta que o jornal “estava ciente da falsidade no momento em que as publicou, mas fê-lo com o propósito intencional de prejudicar a campanha, enganando os próprios leitores”.
No artigo de opinião, Frankel argumenta que o Governo de Vladimir Putin apoiou Donald Trump a ser eleito em 2016 para assegurar que a política externa norte-americana adotaria, depois, uma postura pró-Rússia.
O The New York Times divulgou um comunicado, assinado pela porta-voz Eileen Murphy, no qual sublinhou o direito à liberdade de expressão de todos os cidadãos norte-americanos.
“A campanha de Trump voltou-se para os tribunais para tentar punir um autor de um artigo de opinião por ter uma opinião que considera inaceitável. Felizmente, a lei protege o direito dos americanos de expressarem os seus julgamentos e conclusões, especialmente relativos a acontecimentos de importância pública. Esperamos reivindicar esse direito neste caso”, lê-se no comunicado.
Segundo o Observador, Donald Trump tem acusado repetidamente o jornal norte-americano, assim como outros meios de comunicação social, de publicarem notícias falsas contra o próprio, tendo inclusive classificado a imprensa dos Estados Unidos como “o inimigo do povo“.
