Enviados militares americanos à procura das meninas sequestradas na Nigéria

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Cerca de 80 militares norte-americanos foram destacados para o Chade em busca das 200 raparigas sequestradas na Nigéria pelo grupo radical islâmico Boko Haram há mais de um mês, anunciou o presidente dos EUA.

Numa carta enviada ao Congresso, o Presidente Barack Obama informou que as tropas foram enviadas “como parte dos esforços dos EUA para localizar e apoiar o regresso a salvo das mais de 200 raparigas que foram sequestradas na Nigéria”.

“Este grupo vai providenciar apoio à operação de informação secreta, vigilância e reconhecimento aéreo em missões sobre o norte da Nigéria e as áreas circundantes. A força militar vai permanecer no Chade até que o seu apoio na resolução da situação de sequestro já não seja necessário”, acrescentou Barack Obama.

O Presidente dos EUA realçou que a decisão foi tomada à luz da segurança nacional e dos interesses de política externa.

De acordo com o Washington Post, o Pentágono havia já recentemente enviado uma equipa de oito peritos para a capital nigeriana, onde se juntaram a mais de outros 20 especialistas norte-americanos, de modo a ajudar nas buscas pelas duas centenas de raparigas desaparecidas.

Na terça-feira, o porta-voz do Departamento de Defesa dos EUA, John Kirby, equiparou as buscas a procurar “uma agulha na selva”.

No mesmo dia, o Governo da Nigéria negou que as mais de 200 raparigas sequestradas pelos radicais islâmicos Boko Haram permaneçam no bosque de Sambisa, base de operações do grupo, suspeitando que terão sido divididas em grupos distribuídos pelo país.

“Não existem indícios que demonstrem que as nossas raparigas continuam no bosque. Também não existem indícios de que tenham sido retiradas do país”, declarou o ministro da Informação, Labaran Maku, numa entrevista à televisão na segunda-feira e reproduzida pelo diário local The Punch.

O grupo militante Boko Haram tem levado a cabo uma série de atentados na Nigéria, o mais recente dos quais hoje, quando 30 pessoas morreram no norte do país.

O ataque, na localidade de Shawa, ocorreu um dia depois de um atentado com duas viaturas armadilhadas ter feito pelo menos 118 mortos na cidade de Jos, no centro do país.

Testemunhas citadas pelo jornal nigeriano ‘Leadership’ relataram que um grupo de homens armados atacou Shawa durante a madrugada e, durante várias horas, matou habitantes, saqueou e incendiou casas.

/Lusa

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