Entrega do IRS arranca segunda-feira: quem falhar o prazo arrisca coima até 22 mil euros

Os contribuintes têm até este domingo para reclamar das despesas gerais familiares e despesas com direito a dedução do IVA por exigência de fatura, as quais influenciam o valor do IRS de cada contribuinte.

Desde meados deste mês que é possível consultar na parte pessoal do portal e-fatura o valor das deduções calculadas pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) com base nas faturas de despesas realizadas no ano anterior, às quais o contribuinte associou o seu número de identificação fiscal (NIF).

Estes valores, sendo dedutíveis no IRS, têm um impacto direto no montante de IRS devido por cada contribuinte, influenciando, por isso, o reembolso ou o imposto que haja ainda a pagar.

Caso o contribuinte detete desconformidades e omissões pode reclamar dos valores no caso das duas categorias de despesa já referidas. Se estas desconformidades e omissões disserem respeito às deduções relacionadas com as despesas com educação, saúde, habitação ou lares de idosos, o momento de as corrigir é no preenchimento da declaração anual do IRS.

De referir que quando o contribuinte recusa os valores apurados pela AT e indica na sua declaração os que considera corretos, deve guardar as faturas que suportam esta sua versão durante o período de quatro anos.

Os contribuintes podem, também até este domingo, indicar a entidade a que pretendem consignar 0,5% do seu IRS ou da dedução do IVA por exigência de fatura, sendo que esta escolha pode ser igualmente feita durante o preenchimento da declaração.

Esgotado este prazo, inicia-se uma nova e derradeira etapa no processo de acerto de contas anual do IRS: a entrega de declaração, que arranca a 1 de abril e se prolonga até 30 de junho.

Quem pretender beneficiar do IRS Jovem, tem de recusar o preenchimento automático da declaração. Este regime abrange os contribuintes até 26 anos que não sejam considerados dependentes. Estes ficam isentos parcialmente nos primeiros cinco anos de obtenção de rendimentos. A isenção é de 50% no primeiro ano de benefício, 40% no segundo, 30% no terceiro e quarto, e 25% no quinto ano.

Quem apresentar fora do prazo estabelecido arrisca pagar uma coima que pode ir de 375 euros a 22 500 euros.

ZAP // Lusa

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