João Soares – que foi ministro da Cultura de António Costa, entre 2015 e 2016 – apelou ao primeiro-ministro que intervenha nas negociações, entre o ministro da saúde e os sindicatos do médicos, para que consigam “passar a um outro nível negocial e, de uma vez por todas, resolver isto”.
É fundamental o envolvimento de António Costa, nas negociações entre o Ministério da Saúde e médicos.
Quem o diz é João Soares. “Era importante que o senhor primeiro-ministro, que é no fundo quem tudo coordena, se envolvesse diretamente neste processo negocial”, considerou o antigo ministro da Cultura, no programa TSF Não Alinhados.
O político socialista vê necessária a passagem para “outro nível” negocial “de uma vez por todas”: “Era caso para dizer entendam-se, porra.”
Esta quarta-feira, o ministro Manuel Pizarro e os sindicatos dos médicos voltam a reunir-se, depois de terem terminado a reunião de sábado sem acordo.
O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e a Federação Nacional dos Médicos (Fnam) lamentaram que na contraproposta apresentada, no sábado, o Ministério não tenha feito qualquer aproximação às reivindicações dos médicos e por isso, não foi possível um acordo.
Irá ser agora posta em cima da mesa uma nova proposta da tutela. Os sindicatos querem ver refletidas aproximações do Governo.
“É mais do que tempo que os sindicatos e o Governo se entendam, porque, ainda por cima, partilham o mesmo ponto de vista: ambos querem que o SNS continue a funcionar e de uma forma capaz“, sublinhou João Soares.
Esta segunda-feira, numa carta de resposta aberta, no jornal Público, António Costa admitiu que as atuais preocupações do Governo são assegurar, aos médicos, “ganhos remuneratórios e melhoria da organização do seu tempo de trabalho” e garantir, aos cidadãos, “mais e melhores cuidados”.
18 meses de reuniões
Os médicos e o Ministério da Saúde estão em negociações há um ano e meio.
A reposição do horário semanal de 35 horas, para os médicos que assim o desejem, o aumento salarial transversal de 30%, para todos os profissionais, e a reposição das 12 horas semanais de trabalho, no Serviço de Urgência, são as três exigências que os médicos fazem ao ministro da Saúde.
“Mais do que nunca, cabe agora a Manuel Pizarro assumir que é necessário resolver a maior crise em que o Governo colocou o SNS, nomeadamente com a falta de médicos para assegurar escalas da maioria dos serviços de urgência do país”, salientou, referiu a Fnam, na semana passada, em comunicado.
É preciso obrigar todos os funcionários do Serviço Nacional de Saúde (SNS) desde o topo até à base da cadeia hierárquica (Médicos, Enfermeiros, Assistentes, e restantes Funcionários), a declarar se colaboraram/pertenceram ou se colaboram/pertencem à Maçonaria ou a outras sociedades secretas (Jesuítas, Opus Dei, etc.), depois de identificados terão de sair, os despedimentos têm de ser implementados, e proibir os sindicatos e a actividade sindical no Serviço Nacional de Saúde (SNS).