Enganou o streaming: recebeu 10 milhões por músicas que ninguém estava a ouvir

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Inteligência Artificial ajudou Michael Smith, que pode ser condenado a 60 anos de prisão. Spotify e Apple Music enganadas.

Os algoritmos andam por todo o lado, as grandes plataformas têm sistemas muito apurados nesse sentido… mas há sempre algum “espertinho” que dá a volta.

Um músico da Carolina do Norte, EUA, andou a enganar grandes plataformas de streaming – e recebeu 10 milhões de dólares, 9 milhões de euros, com isso.

O seu nome é Michael Smith. Utilizou a Inteligência Artificial (IA) e criou contas falsas; eram bots que supostamente estavam a ouvir músicas, que até foram criadas por IA.

Ou seja, estava a receber milhões de dólares em royalties por músicas que, na verdade, ninguém estava a ouvir.

Mesmo que fosse um cêntimo por música, como incluiu nas plataformas centenas de milhares de músicas, reproduzidas milhões e milhões de vezes (por 10.000 perfis falsos)… Deu dinheiro.

Spotify e Apple Music estão entre as plataformas enganadas, detalha o Business Insider.

Michael Smith ainda tentou espalhar as reproduções por muitas músicas, para tentar disfarçar o seu esquema, evitando picos invulgares no número de ouvintes.

Mas foi apanhado e já foi detido. O Departamento de Justiça dos EUA apresentou uma acusação por fraude electrónica, conspiração e lavagem de dinheiro.

É a primeira acusação deste tipo no departamento norte-americano.

A acusação também revela que Smith trabalhou com um promotor musical e com o director de uma empresa de música gerada por IA para criar as músicas. Essa empresa fornecia entre 1.000 e 10.000 músicas por mês em troca de dados e de pelo menos 15% dos seus lucros.

As faixas tinham nomes de ficheiros, de músicas e de artistas gerados aleatoriamente – para escapar aos algoritmos. Exemplos: “Zygophyceae,” “Zygophyllaceae,” “Zygophyllum,” “Zygopteraceae,” “Zygopteris,” “Zygopteron,” “Zygopterous,” e “Zygotic Washstands.”

O músico pode ser condenado a uma pena de 60 anos de prisão.

ZAP //

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2 Comments

  1. Ladrão que rouba ladrão deve ter 100 anos de perdão. O Spotify (e as outras plataformas), em conivência com as discográficas, roubam os músicos de forma inaceitável, para além de estupidificar as audiências através da AI, com listas de supostas preferências que não são mais do que manobras de marketing para vender lixo sonoro.

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