Profissionais da saúde estão a fazer nova ronda de greves para que sejam repostas a todos os trabalhadores as 35 horas de trabalho semanais.
O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses iniciou esta terça-feira uma greve parcial em algumas instituições do Serviço Nacional de Saúde, avança a Renascença.
Em causa está, tal como na última paralisação, a luta pela reposição das 35 horas de trabalho semanais para todos os trabalhadores.
A nova ronda vai afetar cinco hospitais em dias diferentes, supostamente até dia 19 de agosto.
Segundo a Renascença, a greve começou no turno desta noite no Centro Hospitalar do Algarve e vai estender-se até à próxima sexta-feira.
Também durante esta manhã estão parados os serviços do IPO de Coimbra, que repetem a paralisação no turno da manhã desta quarta-feira.
No Hospital Distrital da Figueira da Foz a greve terá início na quarta-feira e prolonga-se até quinta-feira, afetando os turnos da manhã.
Na próxima semana, no dia 19, há um pré-aviso de greve para o turno da manhã da Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano.
Em declarações ao Público, Paulo Anacleto, o dirigente sindical da Direção Regional de Coimbra do SEP, não exclui a hipótese de haver mais greves nos próximos tempos e de outros estabelecimentos de saúde aderirem à causa.
“Pode obviamente haver mais greves e, se a situação não se resolver a bem, como nós queríamos, teremos que recorrer porventura aos tribunais, já em Setembro”, afirmou.
O dirigente sindical adianta que os pré-avisos de greve foram “forçados a concretizar-se”, dada a “ausência de alterações no processo negocial com o Estado para a reposição dos direitos destes enfermeiros”.
Segundo Paulo Anacleto, em causa está não só a inação do Governo mas também das administrações hospitalares que “têm autonomia própria para fazerem com que não haja uma descriminação aos enfermeiros com contrato individual de trabalho”.
ZAP