Arqueólogos descobriram um peso usado para o comércio na antiga cidade de Jerusalém que os estudiosos acreditam ter sido usado para defraudar comerciantes.
O peso foi encontrado na parte norte da Cidade de David, data de há 2.700 anos, e tem apenas 14 milímetros de diâmetro e 12 milímetros de altura. Feito de calcário, contém gravuras que indicam que o seu peso é de dois gerah (antiga unidade de peso hebraica), equivalente a 0,944 gramas.
No entanto, e apesar da indicação, o seu peso não é de dois gerah, escreve o jornal israelita The Jerusalem Post. Os investigadores descobriram que pesava pelo menos 3,61 gramas, mais de três vezes o peso indicado.
Eli Shukron e Hagai Cohen Kolonimus, da Universidade Hebraica de Jerusalém, em Israel, sugerem que este peso seria usado por comerciantes para enganar clientes — um tipo de fraude que é aliás descrito e bastante criticado na Bíblia.
“Não tenham na bolsa dois padrões para o mesmo peso, um maior e outro menor.
Não tenham em casa dois padrões para a mesma medida, um maior e outro menor.
Tenham pesos e medidas exatos e honestos, para que vocês vivam muito tempo na terra que o Senhor, o seu Deus, dá a vocês.
Pois o Senhor, o seu Deus, detesta quem faz essas coisas, quem negocia desonestamente.”
Deuteronómio 25:13-16
Ainda em Provérbios 20:23 lê-se: “O Senhor detesta pesos adulterados e balanças falsificadas não lhe agradam”.
A conclusão tirada por Eli Shukron e Hagai Cohen Kolonimus, de que este peso seria usado pelos comerciantes para enganar clientes, é no entanto peculiar.
Com efeito, usando este peso numa tradicional balança de dois pratos, o comerciante estaria na realidade a cobrar ao cliente, por um produto que pesasse 3,1 gramas, apenas o preço correspondente a 0,944 gramas.
Assim, ou os dois cientistas se enganaram na sua conclusão, ou o comerciante se enganou a si próprio quando tentava enganar os clientes — e nenhuma das duas hipóteses parece provável.
A Bíblia é sempre atual.
Sim, porque a Bíblia não foi criada nem usada para enganar ninguém!…
Se tivessem ensinado mais Metrologia e menos Bíblia, o problema desaparecia rapidamente…
Não percebo.
como é que um objecto que tem um peso que é superior ao que indica pode enganar os clientes?
alguém me faça ‘um desenho’ p.f.
parece-me que isso só funcionaria se o comerciante estivesse a ‘comprar’.
pois não percebi… será que o comerciante se enganava a si próprio ?
Sr. Thomas Moore, apesar do seu nome de escritor do sec XIX certamente será um jovem adulto e nunca viu a utilização de uma balança de dois pratos que já são extremamente raros de se ver nos dias de hoje.
Tem de partir do pressuposto que o proprio vendedor não sabe o peso daquilo que o cliente quer comprar ou vender.
Exemplo de cliente a comprar: o cliente escolheu 3 laranjas e mandou pesar, o vendedor agarra no peso que pensar ser o correto para equilibrar os pratos da balança, vamos dizer 500g. Agora imagine que esse peso de 500g está adulterado, tem escrito 500g mas na realidade tem uma massa de 700g. O cliente ve os pratos da balança equilibrados na horizontal… e acredita que leava 700g mas na realidade leva 500g de laranjas mas pagou por 700g. Entende ? Repito, o peso de 500g que irá fazer contrapeso no outro prato da balança tem na realidade uma massa de 700g. Portanto o cliente é levado a pensar que está a comprar mais produto e paga por mais produto mas foi enganado.
Uma coisa é a marca do peso, outra é a sua verdadeira massa para efeitos de equilibrio dos pratos e claro o correspondente valor cobrado…
Espero ter contribuido.
Sr Pedro, é o contrário do que descreveu, pois se o peso tiver na realidade 700gr, mas estiver marcado como 500gr, o cliente leva para casa 200gr a mais sem pagar e o comerciante ficará com esse prejuízo. A sua explicação só estará correcta se o comerciante estiver a comprar a um fornecedor.
Caro leitor,
Tem razão. Fizemos efetivamente uma análise precipitada do assunto.
Se o peso é superior ao marcado, o comerciante está a enganar-se a si próprio.
Essa é a informação que consta na nossa fonte, e não nos foi possível encontrar outras fontes que nos possam ajudar a desfazer o equívoco.
Além do Jerusalem Post, também o Times of Israel e o Jewish Press indicam os mesmos valores para o peso real e marcado — e tiram a mesma conclusão, incorreta.
A descoberta vai ser apresentada num estudo a publicar esta sexta-feira, que iremos consultar para clarificar o assunto.
Esse peso só teria vantagem para a compra de produtos.
Exato. Esta notícia não está clara. Se o peso pesa mais que o anunciado, servia era para enganar a quem vendesse a comerciantes.
Afinal, os Judeus já andam a enganar há muito tempo!
Jesus era judeu…
“Usando este peso, na tradicional balança de dois pratos, os comerciantes conseguiam fazer parecer que determinado produto fosse mais pesado do que realmente era, levando o cliente a pagar mais.”
Corrijam…isto não é verdade. O que este peso permitia era comprar 3.6x mais produtos (3.61) pelo preço de 0.944
É verdade é já devias ter percebido isso, principalmente depois da explicação do Pedro Catarino.
para não variar cá está o EU a opinar e a dizer disparates…o Pedro Catarino disse exactamente o contrário, em linha com o que o autor da reportagem tambem andava a escrever…só o Thomas Moore estava a fazer a analise correcta….calado és um poeta EU e vai la ler (em condições) o que o pedro catarino escreveu.
Ao ler o artigo fiquei com a ideia que o peso pesava MENOS que o valor indicado no próprio peso (e afinal pesa MAIS) e depois fui induzido em erro pelo cometário do Pedro Catarino, portanto, tens razão.
Errar é humano… um dia também te pode acontecer!…
Caros leitores,
Obrigado pela chamada de atenção acerca da incoerência das conclusões da notícia — na sequência da qual acrescentámos uma clarificação no fim da peça.
Peço desculpa pela minha interpretação solicito que apaguem o meu comentário anterior estou enganado e não quero induzir ninguem em erro. Obrigado !
Na verdade um peso contrafeito com massa superior ao marcado só trará vantagem na compra.
Mas os comerciantes também compram produtos aos produtores… portanto poderiam perfeitamente ter dois conjuntos de pesos mas isto sou eu a especular…
Eu pensei que o peso tinha uma massa (peso) inferior ao indicado e afinal pesa mais portanto, tal como o meu, o teu raciocínio estava errado.
A única vantagem seria efectivamente na compra.
Não se esqueçam que o comerciante não apenas vendia, ele também comprava…
Poderia usar um peso fraudulento para comprar mais produto pagando menos por ele…