Duas produtoras de vinho portuguesas estão entre as 800 empresas que beneficiam do selo de aprovação da família real britânica e que lhe fornecem produtos. Um vinho da Taylor’s foi inclusive servido no primeiro banquete de Carlos III enquanto rei.
Na lista de cerca de 800 empresas que têm o “royal warrant of appointment”, o selo de aprovação da casa real britânica, há duas marcas portuguesas.
No seu primeiro banquete de Estado enquanto rei, Carlos III serviu um vinho do Porto da Taylor’s ao presidente sul-africano e a outros 160 convidados.
“No primeiro jantar oficial do rei serviu-se vinho do Porto da Taylor’s”, um “vintage” de 1983, explica Adrian Bridge, CEO da Fladgate Partnership, que detém a marca centenária, ao Jornal de Negócios. A família real já bebe o vinho da Taylor’s “há muitas gerações”, especialmente “o Taylor’s LBV, que custa à volta de 25 euros a garrafa”.
O selo real foi concedido por Isabel II em 2017 e tem uma validade de cinco anos, até setembro de 2024, quando se completarem dois anos após a morte da monarca. As empresas com uma relação mais próxima da família real podem beneficiar de uma renovação do selo.
Para além da Taylor’s, a Symington Family Estates é a única outra empresa nacional que tem o privilégio do selo real, com os seus vinhos Graham’s.
Não é qualquer um que se pode candidatar ao royal warrant — apenas empresas que forneceram a releza durante cinco anos nos últimos sete o podem fazer. O selo pode também ser revogado a qualquer momento, algo que acontece com entre 20 e 40 empresas todos os anos, se a qualidade do produto mudar, o produto deixar de ser fabricado ou haver uma mudança na propriedade da empresa.
“Temos de cumprir várias regras, muitas delas ligadas com questões ambientais”, confirma Adrian Bridge. “Não é um processo que seja fácil, mas para qualquer empresa que tenha um bom alinhamento destes valores ambientais e similares não é muito difícil cumprir”, acrescenta.