Empresa que vendeu carne podre na China despede 340 pessoas

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A empresa Husi de Xangai, que protagonizou em julho um escândalo alimentar na China devido à venda de carne podre a várias multinacionais de comida rápida, vai despedir esta semana 340 trabalhadores.

A fábrica em Xangai, filial do grupo norte-americano OSI, um conglomerado de processamento alimentar com sede em Aurora (Ilinois, Estados Unidos), está paralisada desde a vinda a público do escândalo alimentar.

A empresa explicou, em comunicado, que trabalhou no plano de despedimentos em conjunto com as autoridades de Xangai.

No total, 226 empregados da Husi e outros 114 subcontratados, entre 500 trabalhadores, vão ser despedidos e os restantes trabalhadores vão manter os postos de trabalho para poderem ajudar as autoridades locais nas suas investigações.

Além de pagar indemnizações aos ex-funcionários, a OSI China assegurou que também está a trabalhar com várias agências oficiais para ajudar os trabalhadores despedidos a conseguirem novo trabalho ou a receberem cursos de formação.

“Desde o dia 21 de julho de 2014, a maioria destes colegas está a receber subsídio de desemprego”, assegurou a empresa.

“A Shanghai Husi registou perdas financeiras e de clientes significativas, e as investigações das autoridades prosseguem, sendo improvável que a produção seja retomada a curto prazo”, concluiu.

Seis executivos da Shanghai Husi foram detidos na sequência do escândalo alimentar.

O escândalo veio a público a 20 de julho, quando a televisão local de Xangai Dragon TV difundiu uma reportagem realizada com câmara oculta e jornalistas infiltrados, na qual revelou que a Husi tinha estado a reprocessar carne fora da validade para venda a cadeias de comida rápida como a KFC, McDonald’s, Pizza Hut ou Starbucks.

O caso afetou várias filiais destas cadeias no Japão e em Hong Kong e fez com que vários clientes da Husi tenham anulado os seus contratos com o fornecedor de produtos cárneos.

A OSI, por sua vez, assegura que está a levar a cabo uma investigação interna nas restantes filiais na China, para garantir que cumprem os padrões de qualidade alimentar.

/Lusa

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