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Tribunal britânico considera que o emir do Dubai organizou o sequestro das próprias filhas

World Economic Forum / Flickr

O emir do Dubai Mohammed bin Rashid Al Maktoum (quarto a contar da esquerda)

Um tribunal britânico concluiu que o emir do Dubai, Mohammed bin Rashid Al Maktoum, tentou raptar duas das suas filhas e criou um esquema de “intimidação” à mais recente esposa, a princesa Haya bint al-Hussein, filha do falecido rei da Jordânia.

De acordo com a Sábado, estas são as primeiras conclusões do tribunal, após meses de audições devido a um pedido de proteção que a princesa Haya – sexta mulher do emir – fez ao Supremo Tribunal de Inglaterra, em julho de 2019, contra o casamento forçado com atual primeiro-ministro e vice-presidente dos Emirados Árabes Unidos.

Segundo o Guardian, relatam-se casos de “tortura constante” por parte do emir contra duas das filhas de outro casamento: Latifa – sequestrada em 2018 e forçada a voltar ao Dubai, depois de ter tentado fugir do país em duas ocasiões – e Shamsa – sequestrada aos 19 anos, no ano 2000, em Cambridge (Reino Unido), para onde tinha fugido.

A princesa Haya, que em abril de 2019 fugiu para Londres com as duas filhas mais novas, obteve agora a guarda de Al Jalila, de 12 anos, e de Zayed, de oito. Está casada com o emir desde 2004.

O tribunal considerou verdadeiras outras alegações de intimidação contra Haya, que incluem sequestro, disposição de armas no quarto, divórcio sem a informar, ameaças de retirada da guarda dos filhos e a publicação de poemas intimidatórios.

Como referiu a SIC Notícias, em maio de 2019, o emir escreveu: “Tu e as crianças nunca estarão a salvo na Inglaterra”, num poema que publicou nas redes sociais, intitulado “Tu viveste, tu morreste”.

Mohammed bin Rashid Al Maktoum, de 70 anos, recusou comparecer às audições, em Londres, nas quais Haya, de 45 anos, esteve sempre presente.

ZAP //

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