Os emigrantes preferem “insultos e pateadas” – ainda o caso Santos Silva

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Manuel de Almeida / Lusa

André Ventura discursa sob o olhar de Marcelo Rebelo de Sousa e Augusto Santos Silva

Augusto Santos Silva rejeita ter sido afastado do Parlamento por causa dos conflitos com o Chega. Carmo Afonso tem outra perspectiva.

Os resultados dos votos dos emigrantes, nas eleições legislativas 2024, originaram três destaques.

Primeiro: a confirmação da vitória da AD. Pela primeira vez, foi preciso esperar pelos votos dos emigrantes, mas a AD venceu mesmo.

Segundo: o Chega venceu entre os emigrantes. É a primeira vez que a vitória fora do país não foi, nem do PSD (com ou sem coligação), nem do PS.

Terceiro: Augusto Santos Silva ficou fora. Não conseguiu ser eleito no círculo eleitoral fora da Europa. Pela primeira vez, o presidente da Assembleia da República não foi eleito deputado nas eleições seguintes, quando era candidato.

Santos Silva ficou ligado a diversas disputas com o Chega durante as sessões na Assembleia da República – e agora o PS perdeu mesmo um deputado para o Chega.

O socialista já reagiu e disse que essas disputas com o partido, sobretudo com André Ventura, não terão interferido nas eleições. E assegura que fez o que regimento da Assembleia da República exige, ao tentar controlar certos protestos do Chega.

Carmo Afonso avisou que as pessoas que estão contentes pelo afastamento de Santos Silva “estão claramente distraídas e ainda não se aperceberam do que lhes está a acontecer”.

Porque o ainda presidente da Assembleia foi quem “colocou freio ao desrespeito” constante protagonizado pelos 12 deputados do Chega.

Mesmo assim, os emigrantes portugueses “decidiram premiar os insultos, as pateadas, a imputação de culpa colectiva às minorias, na verdade, a bandalheira total no Parlamento”, lê-se no jornal Público.

E, lamenta a advogada e comentadora, os emigrantes preferiram votar num partido que tem posições contrárias à… emigração.

“E demonstraram solidariedade zero perante os emigrantes que, tal como eles nos países que escolheram para trabalhar e viver, vieram para Portugal em busca de melhores condições de vida”, acrescenta.

ZAP //

9 Comments

  1. Augusto Santos Silva,
    doravante Augusto SS Boomerang,
    tanto as pediu, tanto as pediu, que acabou por ser apanhado na volta dos arremessos que fez contra o Chega.
    Ironicamente, o destino tem das suas!…

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  2. E o que a Carmo Afonso pensa ou diz interessa mesmo a quem ?
    Mas esta gente não se enxerga e não vê que os outros não têm a obrigação de pensar como eles ?
    Não saber uma coisa tão básica como essa não abona muito para a sua inteligência.

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  3. Isto só vem provar que o voto de pessoas que vivem fora do país, e ao qual não tencionam voltar, não sabendo rigorosamente nada do que nele se passa, não devia alterar o seu destino ! Votem no Bolsonaro ou no Trump e não nos estraguem a vida a nós! Não faz sentido votar no país onde não se vive! Tenho todo o respeito pelos nossos emigrantes mas acho que pouca informação lhes chega do que se passa realmente em Portugal! E, portanto, acredito, estão a ser muitas vezes usados para estes combates políticos muito pouco sérios.

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  4. E isso mesmo que eu fiz,risquei o meu nome,quem ai vive e que deve escolher mas uma coisa e certa nao teem por onde escolher,Sao todos peixes que vivem na mesma agua.Para mim, para mim, para mim

  5. Cara(o) rés pública
    Já ouviu falar em internet? Sim, esta coisa que usa e onde pode ler notícias, escrever comentários, etc. etc. Pois é, chega a todo o lado, até mesmo aos imigrantes… E, mesmo que não seja a internet, qualquer canal de televisão também chega a qualquer lado.
    Onde você se actualiza também os imigrantes o fazem e, se calhar, estão mais bem informados que você.
    Antes de escrever pense um bocadinho…

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  6. Então os emigrantes não devem votar… Coitado da militância cega da esquerda, com tiques de ditadura, pois apenas são votos de democracia se votarem neles!

    Blocos de Esquerda e PCP são partidos em extinção, e nota-se o estrebuchar deles ao criticarem as pessoas que democraticamente votaram.

    Querem ter dinheiro, casa, etc, etc. Procurem um trabalho honesto e não façam militância a partidos caducos.

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