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Emigração de médicos volta a disparar. Até os seniores com décadas de SNS partem

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Felipe Pilotto / Flickr

Os número de pedidos de certificados para exercer medicina fora do país deverão ficar, este ano, perto dos 400, um pouco menos do que o recorde de 475, registado em 2015.

As razões dos médicos que saem para exercer medicina foram do país são variadas, mas há uma em comum: a degradação das condições de trabalho no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

De acordo com a edição deste sábado do semanário Expresso, o prognóstico da emigração médica poderá vir até a ser o mais negativo de sempre. Entre janeiro e agosto deste ano, e sem incluir os dados da região Norte, tinham chegado à Ordem dos Médicos 253 pedidos, 230 só na delegação Sul.

A manter-se a média mensal de 32 solicitações, 2019 terminará com 381 saídas, a que se juntarão outras no Norte. Contas feitas, não será difícil ultrapassar o valor mais elevado de sempre, as 475 saídas em 2015.

Acresce ainda o facto de as opções para trabalhar fora do país serem cada vez mais. A Comissão Europeia estima que, no próximo ano, a Europa terá uma carência de 230 mil médicos – ou seja, 13,5% das necessidades assistenciais dos europeus estarão por assegurar.

Entre os locais de destino, surgem o Reino Unido, Alemanha, Irlanda, França, Bélgica, Suíça, Brasil, Estados Unidos, Canadá, Austrália ou até Suazilândia. Outro dado novo apontado pelo matutino é que a emigração inclui agora profissionais em todas as fases da carreira, incluindo seniores com décadas de SNS.

Em Portugal, o Serviço Nacional de Saúde não é atrativo, mas o Ministério da Saúde tem consciência do reconhecimento dos profissionais portugueses. O organismo tem procurado criar condições de atividade e estão a ser, atualmente, estudadas medidas concretas com vista a novos modelos de organização, mas estes modelos são prometidos há anos.

ZAP //

11 Comments

  1. «…Emigração de médicos volta a disparar…» – in ZAP aeiou

    Que sorte, mais um grupo de gente com dinheiro para emigrar e a cunha de familiares e amigos que lhes arranjam emprego lá fora.

    Quem dera a muitos cidadãos ter essas condições para emigrar como muitos o têm feito desde os Anos de 1980 do Século XX, mas infelizmente nem todos nascem com o cu virado para a Lua.

  2. Que emigrem todos e assim é menos uma seita mafiosa onde a larga maioria não pensa mas segue a formatação farmacêutica e sua ciência das moléculas.

  3. Lamentavelmente nem todos os Médicos nascem voltados para a Lua. Tenho um colega (sou Médico), Professor Catedrático, que trabalha desde os 14 Anos. Portanto, seu IMBECIL,não meça todos pela mesma bitola.

  4. Claro quem está satisfeito com estas politicas aos médicos e vencimentos precários que recebem dos Hospitais e do SNS, claro quem tem vontade de trabalhar neste país com vencimentos desses que os médicos recebem e não só e as Enfermeiras a serem pagas por mil euros e no estrangeiro recebem no minimo 6.500€ claro fazem bem emigrar porque o estrangeiro valoriza as pessoas e em Portugal!!!????

    • Sr Jaime, enfermeiras a ganhar 6500€, lá fora, onde? Deve estar mal informado. Agora o que se passa com muitos profissionais que tiveram a experiencia do Erasmos é que aproveito o facto de terem um curso que é reconhecido em todo o mundo, para poder conhecer o mundo, ter trabalho garantido e em alguns casos com melhor remuneração
      espero que tambem aproveitem para conhecer melhor a realidade de outros locais. Ganha se mais, mas tambem tem que se trabalhar mais

  5. E os habituais detractores de Passos Coelho por onde andam? Normalmente aparecem nestes casos por aqui a vir culpá-lo de tudo o que de mal tem acontecido neste país, ainda a procissão vai no adro!

  6. Que grandes patriotas.
    Ninguém acha estranho que não tivesse havido meia dúzia de pediatras que se tivessem voluntariado para não deixarem fechar a urgência do Garcia da Horta até se resolver a situação?
    Solidariedade?
    Cursos à conta do contribuinte e, depois, agradecem assim.
    Que se faça uma lei como a dos futebolistas em que os clubes dos que partem têm de pagar a sua formação.

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