A Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL) divulgou hoje que já repôs os parquímetros retirados de Carnide e disse esperar “bom senso” na manutenção dos equipamentos, razão pela qual não adotou medidas de segurança adicionais.
Em declarações agência Lusa, o presidente da EMEL, Luís Natal Marques, explicou que “à meia-noite e meia de hoje os parquímetros estavam todos repostos“.
Na noite de quarta-feira, moradores de Carnide retiraram os parquímetros da EMEL que tinham sido ativados na sexta-feira anterior em protesto pela sua instalação na zona histórica da freguesia.
Os 12 parquímetros foram retirados apenas com força de braços e ficaram guardados na sede da Junta de Freguesia de Carnide até terem sido confiscados pela PSP, aparentemente sem sinais de vandalismo.
Questionado se a empresa precaveu novas ações deste género, Luís Natal Marques indicou que “não vai haver nenhuma medida especial“.
“[Os parquímetros] estão instalados e esperemos que não volte a ocorrer rigorosamente nenhuma outra atitude do género”, apontou o responsável, dizendo acreditar “no bom senso das pessoas”.
O presidente da EMEL adiantou que aquela área corresponde à zona verde do tarifário, “a 80 cêntimos por cada hora de estacionamento, no sentido de garantir a rotação dos utilizadores dos restaurantes e da parte comercial”.
No que toca aos residentes, o primeiro dístico por residência é gratuito, o segundo implica uma avença anual de 30 euros e o terceiro de 120 euros.
Entretanto, na sequência dos acontecimentos de quarta-feira à noite, a EMEL apresentou uma queixa-crime contra desconhecidos.
A introdução do estacionamento tarifado no centro histórico de Carnide tem vindo a ser contestada pelo presidente da Junta de Freguesia, Fábio Sousa (CDU), que considera que não surge no momento adequado por o município ainda não ter requalificado, como se comprometeu, locais como a Azinhaga das Carmelitas, Travessa do Pregoeiro, Rua General Henrique de Carvalho, Rua das Parreiras e a Rua da Mestra.
// Lusa
Como era previsível os Administradores privados da Emel e o presidente da CML não iam aceitar que o povo se opusesse às suas ambições de receitas fabulosas, pela exploração de um espaço que não lhes pertence.
Juntem-se, pessoal de Carnide e restantes Lisboetas, e dêem a resposta adequada ao Fernando Medina nas próximas autárquicas. Talvez apareça um presidente de Câmara alternativo, que dissolva a EMEL.