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Bombeiros embrulharam a maior árvore do mundo em papel de alumínio. Tudo para a proteger

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Um incêndio consumiu milhares de acres na Califórnia e o National Park Service viu-se obrigado a intensificar os seus esforços para proteger as joias naturais, incluindo as maiores árvores do mundo.

Os incêndios Colony e Paradise fundiram-se num só na semana passada, que passou a ser chamado Complexo KNP. Os fogos rumaram ao Parque Nacional das Sequóias e obrigaram os bombeiros a tomar medidas para os combater e precauções extra para proteger as árvores – em particular a General Sherman, considerada a maior árvore do mundo em volume.

A árvore tem 1487 metros cúbicos, uma altura de 84 metros e uma circunferência (perímetro do tronco) de 31 metros ao nível do chão.

Embora as sequóias sejam conhecidas pela sua rusticidade e capacidade de sobreviver a incêndios de menor dimensão, os bombeiros decidiram atuar para evitar uma catástrofe, escreve o Travel and Leisure.

Assim, para proteger o General Sherman, decidiram envolver a árvore em material resistente às queimaduras à base de alumínio. Além desta, foram também protegidas outras sequóias, o Museu da Floresta das Gigantes e outras construções.

“Dissemos às equipas de bombeiros para tratarem todas as nossas sequóias especiais como se fossem edifícios e para as embrulharem”, disse Christy Brigham, chefe de gestão de recursos e ciência dos Parques Nacionais Sequoia e Kings Canyon, à CNN.

O superintende dos parques nacionais Sequoia e Kings Canyon, Clay Jordan, sublinhou durante uma reunião com os bombeiros a importância de proteger as imponentes árvores dos fogos de alta intensidade.

As sequóias estão adaptadas ao fogo, o que as pode ajudar, ao libertar sementes dos seus cones e criar clareiras que permitam às jovens sequóias crescer. Mas a forte intensidade dos fogos — alimentada pelas alterações climáticas — pode vencer as árvores.

Isto aconteceu no ano passado, quando o Fogo Castle matou entre 7500 e 10.600 sequóias, segundo o Serviço dos Parques Naturais.

Uma seca histórica e ondas de calor, associadas ao aquecimento global, dificultaram o combate aos incêndios no oeste dos EUA. Os cientistas têm dito que as alterações climáticas tornaram a região mais seca e quente nos últimos 30 anos e vão continuar a agravar os eventos meteorológicos e a tornar os incêndios mais frequentes e destrutivos.

Uma equipa interagências de gestão de fogos assumiu o comando da luta ao fogo Paradise, que se estende por 30 quilómetros quadrados, e ao fogo Colony (oito quilómetros quadrados), que estavam próximos das sequóias. Estes incêndios forçaram a retirada de pessoas do parque, bem como de partes da cidade de Three Rivers, nas proximidades da principal entrada.

Estes incêndios florestais são os mais recentes de um longo verão de fogos, que queimaram 9200 quilómetros quadrados na Califórnia, destruindo centenas de casas.

ZAP // Lusa

2 Comments

  1. Caros Zap’s
    Embora nalguns países o acre seja utilizado para medir superfícies, em Portugal não é, tal como as léguas, jardas, pés, etc.
    Utilizamos o sistema métrico, em que a medida padrão é o metro quadrado (m2). Um hectare tem 10.000m2 e é a unidade padrão mais correcta ou adequada para medir grandes superfícies, como no caso desta notícia.
    A sugestão que faço, quando traduzem um texto, é que convertam as medidas utilizadas noutros países, para o sistema que usamos em Portugal e na maioria dos países Europeus; o sistema métrico.
    A título de curiosidade, a NASA não utiliza o sistema de medição Americano e apenas trabalha com o sistema métrico, por ser mais preciso e fácil de utilizar.

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