A polícia antimotim nepalesa enfrenta dificuldades para conter os milhares de residentes que tentam sair da capital do país, Katmandu, atingida por um forte sismo no sábado.
A tensão na cidade tem aumentado devido ao número insuficiente de autocarros disponibilizados pelas autoridades.
As forças antimotim foram chamadas à principal estação de autocarros de Katmandu, junto ao Parlamento, após multidões se terem juntado ao amanhecer, atraídas pelo anúncio de que seriam disponibilizados serviços adicionais.
Entretanto, o Nepal pediu às equipas de socorro estrangeiras para não viajarem para o país, por já estar presente um número suficiente de socorristas, declarou hoje um responsável das Nações Unidas.
O coordenador residente da ONU para o Nepal, Jamie McGoldrick, indicou que o Governo estimava já estarem peritos estrangeiros suficientes em Katmandu e arredores, na região devastada pelo sismo de sábado.
“Eles estimam terem meios suficientes para responder às necessidades imediatas de busca e socorro”, disse. “Aqueles que já estiverem a caminho podem vir, mas é pedido aos restantes que não venham”, frisou.
O aeroporto de Katmandu, com uma só pista, tem dificuldades na resposta ao elevado número de voos de transporte de ajuda e pessoal oriundos do estrangeiro.
Um avião com ajuda humanitária enviado na segunda-feira pela França continua hoje em trânsito em Abu Dhabi, sem autorização para aterrar em Katmandu.
De acordo com McGoldrick, a maioria das equipas estrangeiras de socorro continuam na capital nepalesa.
“Há uma janela de sete a nove dias, no máximo, para salvar pessoas. Estamos no quarto dia”, acrescentou, considerando que as operações entrariam numa outra etapa até sábado.
O sismo, de magnitude 7,8 na escala de Richter, causou 5.057 mortos, 10.915 feridos e mais de 450 mil deslocados internos, de acordo com o último balanço do Ministério do Interior nepalês.
O terramoto de sábado foi o de maior magnitude registado no Nepal nas últimas oito décadas.
/Lusa
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Oxalá que a bonança, a ajuda internacional e a solidariedade não se façam esperar.