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Elvis Presley, rei do Rock ‘n’ Roll, convenceu os norte-americanos a tomar a vacina contra a poliomielite

Elvis Presley usou o seu estrelato para normalizar a vacinação contra a poliomielite e ajudou os Estados Unidos a vencer a epidemia.

Em 1956, Elvis Presley foi vacinado contra a poliomielite em direto no The Ed Sullivan Show, o programa mais popular da televisão norte-americana naquela altura.

Quando a vacina Jonas Salk surgiu, muitos norte-americanos hesitaram em tomá-la. Porém, seis meses após a façanha do rei do Rock ‘n’ Roll, as taxas de imunização de adolescentes aumentaram de 0,6 para 80%. Além disso, entre 1955 e 1957, os casos de poliomielite nos Estados Unidos caíram 81%.

A vacina Jonas Salk, que assustou tantos adolescentes quando foi anunciada, tornou-se atraente depois de Presley ter sido vacinado em direto. Apesar de não ter sido o único a contribuir para o combate à epidemia, ajudou a vencer o estigma, principalmente entre os mais jovens, escreve o All That’s Interesting.

Na mesma altura, também a organização National Foundation for Infantile Paralysis começou a mobilizar-se dramaticamente: além de ter lançado uma forte campanha de informação com panfletos, conseguiu que as autoridades de saúde pública norte-americanas subsidiassem os custos anteriormente exorbitantes da injeção.

A poliomielite, uma doença infecciosa induzida por vírus que pode levar à paralisia e até à morte, só se tornou um problema generalizado nos Estados Unidos no início do século XX. Antes, os cidadãos eram expostos ao poliovírus através da água potável insalubre, aumentando assim a imunidade natural.

A modernização dos sistemas de água e esgotos deixou as crianças particularmente vulneráveis à infeção e o baby boom no final dos anos 1940 e início dos anos 1950 criou as condições perfeitas para a transmissão generalizada da doença.

Em 1955, foi aprovada a vacina de Jonas Salk contra a poliomielite e o número de casos desceu abruptamente à medida que as crianças eram vacinadas.

Os adolescentes foram mais resistentes à toma do fármaco: além do medo de agulhas ou da própria vacina, a poliomielite era muitas vezes designada como “paralisia infantil”, alimentando a impressão de que adolescentes e adultos não corriam perigo. As três doses tornavam também “inconveniente” a toma da vacina.

Liliana Malainho, ZAP //

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