Os carros elétricos e as “investidas espaciais” de Elon Musk, o famoso multimilionário nascido na África do Sul e fundador da Tesla e da Space X, tornaram-no conhecido em todo o mundo. Mas o seu irmão mais novo não quer ficar para trás. Kimbal Musk é muito menos conhecido que Elon, mas ambição é algo que não lhe falta.
O empresário e filantropo de 45 anos – apenas um a menos que Elon – tem se proposto a revolucionar o modo de comer dos americanos, usando, claro, a tecnologia. Há quem já o chame “o pai do movimento da comida real”, com o lema: “a comida é a nova internet”.
Kimbal, que vive no Colorado, nos EUA, é dono de alguns restaurantes nos Estados Unidos, como o The Kitchen Next Door, onde são servidos pratos com alimentos produzidos de forma sustentável, com compostagem, energia eólica ou embalagens ecológicas, de acordo com a BBC.
Talvez não seja surpreendente, tendo em conta que os Musk têm uma mãe nutricionista e modelo e um pai engenheiro, que o mais novo dos irmãos tenha escolhido dedicar-se a introduzir a tecnologia no setor de alimentação.
Durante a conferência internacional Food Tank Summit em setembro do ano passado, em Nova Iorque, Kimbal ressaltou que “a comida é uma das últimas fronteiras que a tecnologia ainda não abordou. Se fizermos as coisas bem feitas, haverá comida para todos”.
Kimbal Musk estudou no Instituto Culinário Francês de Nova Iorque e fundou o Big Green, uma organização sem fins lucrativos dedicada à criação de “jardins de aprendizagem”, que são espaços para ensinar os benefícios da comida nutritiva nas escolas. O benjamim espera chegar a um milhão de alunos em 2020.
Um dos seus projetos mais ambiciosos e curiosos é o Square Roots, uma incubadora de hortas urbanas verticais com a qual pretende criar “sabores reais”. Com essa companhia, fundada em 2016, Kimbal quer estimular empreendedores a criarem start-ups que usem a tecnologia para produzir alimentos nas cidades de forma ecológica.
O seu sistema consiste em usar recipientes com água reciclada e agricultura hidropónica – ou seja, cultivar plantas em soluções minerais em vez de em solo agrícola – para produzir alimentos para consumo local.
Durante uma sessão de perguntas e respostas promovida pelo Reddit, Kimbal garantiu que “os jardins verticais são o futuro da agricultura e asseguram que os alimentos locais continuam a crescer”.
Kimbal Musk também revelou que a comida o encanta desde criança e que perseguir a sua paixão foi muito positivo: “Foi a melhor decisão da minha vida“.
“Temos comida abundante. Precisamos de comida real que nos alimente de verdade, e isso requer mudanças enormes no modo como usamos a terra. Estamos a usar abordagens tecnológicas muito interessantes”.
Tecnologia
Segundo o empresário na conferência Food for Tomorrow, organizada pelo The New York Times, no ano passado, apenas 1% da comida no mundo foi produzida de forma artificial, com luzes LED em vez dos cultivos tradicionais.
Mas esse número poderia crescer se a quantidade de hortas urbanas aumentasse. “Passamos milhares de anos a aplicar tecnologia na agricultura. Mas é agora que a tecnologia moderna está a funcionar para criar comida real”, disse Musk no Twitter.
O seu irmão Elon também se tem tornado especialista nisso. Além de fundar a Tesla, empresa de carros elétricos, armazenamento de energia e fabricação de painéis solares, criou o Paypal e outras empresas bem-sucedidas.
Algumas são a Boring Company, através da qual planeia conquistar o subsolo, e a SpaceX, virada para exploração aeroespacial.
A palavra genial é bem antiga…