A comissária europeia designada por Portugal, Elisa Ferreira, garantiu este domingo, no dia em que assumiu funções, que tudo fará para que a política de coesão e das reformas, a sua pasta, reforce a confiança dos cidadãos no projeto europeu.
No dia de entrada em funções da nova Comissão Europeia, a presidente Ursula von der Leyen e todos os 26 comissários gravaram curtas mensagens vídeo de apresentação, nas quais dão conta da sua missão e dos seus compromissos, com Elisa Ferreira, responsável pela Coesão e Reformas no novo executivo comunitário, a garantir que vai trabalhar no sentido de que “nenhum cidadão europeu fique deixado para trás”.
“Hoje, a Europa enfrenta desafios enormes. Como comissária, eu farei tudo o que estiver ao meu alcance para garantir que a Europa consegue lidar com estes desafios fazendo o melhor uso possível da inovação e da tecnologia, respeitando o planeta e fazendo com que nenhum europeu fique deixado para trás”, disse.
Elisa Ferreira enfatizou que “mais do que uma política, a coesão está no centro, está no coração do projeto europeu”, sendo essa coesão “essencial” para a promoção dos valores europeus “também internacionalmente”.
“É por isso que, ao assumir estas funções, o faço com grande entusiasmo e um grande sentido de responsabilidade. Eu quero garantir que a política de coesão e das reformas vai reforçar a confiança e a entrega dos cidadãos europeus neste projeto comum, numa Europa de democracia, de solidariedade, de diversidade”, afirmou.
Elisa Ferreira concluiu apontando que o seu compromisso é “construir um modelo de crescimento europeu moderno, competitivo, mas que não deixe nenhum cidadão para trás, seja homem ou mulher, seja jovem ou menos jovem”.
Numa Comissão liderada pela primeira vez por uma mulher, a alemã Ursula von der Leyen, Elisa Ferreira é também a primeira mulher portuguesa a assumir o cargo de comissária europeia, para um mandato de cinco anos.
Quatro dias depois de ter recebido finalmente o voto favorável do Parlamento Europeu, o novo executivo comunitário inicia o seu mandato precisamente no mesmo dia em que se celebra o décimo aniversário da entrada em vigor do Tratado de Lisboa, assinado em Lisboa em dezembro de 2007, durante a anterior presidência portuguesa da UE, decorrendo em Bruxelas uma curta cerimónia para assinalar a efeméride.
No curto evento, realizado na Casa da História Europeia, na capital da UE, participam a presidente da Comissão, Von der Leyen, e ainda o novo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, que também inicia hoje o seu mandato, o presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli, e a nova presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde.
Este domingo, o primeiro-ministro português, António Costa, apelou para que as instituições europeias e os Estados-membros aproveitem o “vasto potencial por explorar” do Tratado de Lisboa para desenvolver políticas que respondam aos anseios dos cidadãos.
“Às instituições europeias e aos outros Estados-membros, deixo um apelo para que, em vez de embarcar em reformas institucionais estéreis, aproveitemos o vasto potencial por explorar do Tratado para desenvolver políticas que respondam aos legítimos anseios dos nossos cidadãos”, escreveu António Costa no Twitter.
Na mensagem, o primeiro-ministro convidou ainda os Estados-membros a “celebrar a União Europeia como comunidade de valores”, o espaço “comum de paz, democracia, liberdade e prosperidade partilhada”.
A ‘Comissão Von der Leyen’, que sucede à ‘Comissão Juncker’, deveria ter iniciado funções em 1 de outubro, mas o chumbo de três comissários designados pelo Parlamento Europeu provocou um atraso de um mês no processo, que ficou concluído finalmente na passada quarta-feira, com a assembleia a aprovar, em Estrasburgo, o conjunto do colégio, com 461 votos a favor, 157 contra e 89 abstenções, num total de 707 votos expressos.
// Lusa
“É por isso que, ao assumir estas funções, o faço com grande entusiasmo e um grande sentido de responsabilidade. Eu quero garantir que a política de coesão e das reformas vai reforçar a confiança e a entrega dos cidadãos europeus neste projeto comum, numa Europa de democracia, de solidariedade, de diversidade”, afirmou.
O que é que isto tem a ver com
“mais do que uma política, a coesão está no centro, está no coração do projeto europeu”, sendo essa coesão “essencial” para a promoção dos valores europeus “também internacionalmente”.?
É um contrasenso e altamente nocivo para os europeus.