Elefante do Jardim Zoológico de Bronx não pode ser transferida para um santuário mais espaçoso por “não ser uma pessoa”.
Happy, uma elefante que se encontra no Jardim Zoológico de Bronx, em Nova Iorque, desde a década de 1970, não será transferida para um santuário maior através de habeas corpus por “não ser uma pessoa”.
Um tribunal de Nova Iorque decidiu que Happy não pode ser considerada uma pessoa. O caso, levado a cabo por um grupo de direitos dos animais, tentou demonstrar que a elefante era um animal autónomo e que deveria ter os mesmos direitos que uma pessoa.
A juíza admitiu que “embora ninguém discorde que os elefantes são seres inteligentes e que merecem os devidos cuidados e compaixão”, se o Projeto de Direitos de Não-Humanos ganhasse o caso poderia abrir um precedente legal para outras ações semelhantes de animais de estimação, de jardins zoológicos e de quintas.
“Tal ato colocaria em causa as premissas por trás da posse de animais de estimação, o uso de animais em serviço e a utilização de animais noutras formas de trabalho”, leu-se ainda na decisão da juíza, citada pelo The Guardian.
O objetivo do grupo era transferir Happy para um santuário mais espaçoso, semelhante aos processos de habeas corpus — uma forma de desafiar o confinamento ilegal de alguém.
No entanto, os responsáveis do Zoo de Bronx argumentaram que Happy não está aprisionada de forma ilegal nem é uma pessoa, mas sim uma elefante bem tratada e “respeitada como a magnífica criatura que é“.
A decisão do tribunal não pode ser alvo de recurso, o que faz com que outros casos, como o de um chimpanzé chamado Tommy no norte do Estado de Nova Iorque, se encontrem também em risco.
A elefante nasceu no meio selvagem na Ásia no início do anos 1970, tendo depois sido capturada e levada, com um ano, para os Estados Unidos.
Happy chegou ao Zoo de Bronx em 1977 com Grumpy, um elefante que morreu em 2002, depois de uma luta com outros dois animais da mesma espécie.