O analista de sistemas informáticos Edward Snowden, que publicou documentos classificados sobre o programa de vigilância dos Estados Unidos e foi acusado de espionagem, pediu ao Presidente francês, Emmanuel Macron, que lhe conceda asilo.
Snowden, que agora vive na Rússia para evitar ser processado nos Estados Unidos, sublinhou, numa entrevista na rádio France Inter que “proteger quem faz denúncias não é um ato hostil” e disse que se considerava no direito de obter proteção de França.
O analista já tinha pedido asilo a França, solicitação feita em 2013 ao antecessor de Macron, François Hollande, mas sem sucesso. A presidência francesa ainda não comentou as declarações feitas na rádio.
O lançamento das memórias de Edward Snowden será feito na terça-feira simultaneamente em 20 países, segundo o seu editor francês. A obra original intitulada “Permanent record”, totalmente escrita por Snowden, será publicada pela Metropolitan books (Macmillan) nos Estados Unidos. Em França, o livro vai chamar-se “Mémoire vive” e será publicado pela Editions du Seuil.
Edward Snowden revelou, em 2013, a existência de um sistema de vigilância mundial de comunicações e de Internet, tendo sido acusado pelos Estados Unidos de espionagem e apropriação de segredos do Estado.
Acusado de espionagem por Washington, o norte-americano, que está na origem de numerosas revelações sobre a NSA, obteve em agosto o estatuto de refugiado político na Rússia durante um ano, após ter passado mais de um mês na zona de trânsito do aeroporto Moscovo-Cheremetievo.
O realizador norte-americano Oliver Stone dirigiu um filme em 2016 sobre a sua vida, com Joseph Gordon-Levitt no papel de protagonista, e Snowden também surge em “Citizenfour”, o premiado documentário de Laura Poitras.
ZAP // Lusa
É caso para dizer: este Snowden sabe muito 🙂
“Proteger quem faz denúncias não é um ato hostil”, diz ele. Não peças asilo a Portugal. E daí, pensando melhor, como não revelaste segredos dessa atividade importantíssima que é o futebol, não deves ir parar à cadeia.