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Economia portuguesa estabiliza na semana do levantamento das restrições

SXC

Apesar da “fase um” do plano de desconfinamento só ter começado na semana passada, já houver repercussões positivas para a economia portuguesa.

De acordo com o Banco de Portugal (BdP), “o indicador diário de atividade económica (DEI) e a taxa bienal correspondente apresentaram uma estabilização face à semana anterior”. Os dados desta quinta-feira referem-se à semana que terminou no domingo, 8 de agosto.

Com a entrada em vigor no domingo de 1 de agosto, as regras de controlo da pandemia passaram a ser iguais em todo o território continental de Portugal, o teletrabalho deixou de ser obrigatório, acabou o recolher obrigatório noturno, reabriram os bares com regras iguais às dos restaurantes e a generalidade dos estabelecimentos retomou os horários regulares de funcionamento.

Este novo cenário resultou na estabilização de um indicador económico de alta frequência que mede o pulso à atividade económica em Portugal, e que vinha a cair com o avanço da quarta vaga da pandemia.

A média móvel semanal do DEI, na semana terminada a 8 de agosto – que abrange o período entre 2 e 8 de agosto -, indica um crescimento homólogo da atividade económica em Portugal de 4,4%, escreve o Expresso.

Isto quando a mesma média móvel referente à semana terminada a 1 de agosto sinalizava um incremento de 4,2% em termos homólogos. Já na semana terminada a 25 de julho, esse valor tinha ficado pelos 3,1%.

Aliás, no segundo trimestre deste ano, os dados do Instituto Nacional de Estatística indicam que a economia portuguesa cresceu 15,5% em termos homólogos, um valor recorde no Portugal democrático.

Tanto a taxa “normal” como a taxa bienal, que faz a comparação com 2019, apresentaram meras estabilizações, segundo o Banco de Portugal.

A explicação para esta estabilização prende-se com diversas razões. “A comparação com a semana homóloga é penalizada pelo facto de, há um ano, o país tinha um nível de desconfinamento superior e com a presença de mais turistas estrangeiros, que ajudaram a impulsionar a economia”, aponta ao ECO o economista chefe do BCP.

Por outro lado, “em termos de atividade económica o desconfinamento foi apenas marginal, traduziu-se, sobretudo, na possibilidade de permanência nos restaurantes durante mais horas”, acrescenta José Maria Brandão de Brito.

ZAP //

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