O envelhecimento da população está a criar uma nova franja de consumidores, com um potencial de crescimento enorme – afinal, vamos todos ficar velhos. É a chamada “silver economy”, ou “economia grisalha”.
Os consumidores séniores são uma nova oportunidade de ouro para as empresas, mas ainda continuam a ficar um pouco esquecidos no âmbito das suas estratégias de marketing.
Este segmento do mercado continua a aumentar e, em alguns casos, até tem um poder de compra maior do que a média.
Isso mesmo fica vincado no “Ranking de Territórios Economia Sénior em Portugal 2022”, relatório publicado pela Fundação MAPFRE, que cita o estudo “The Silver Economy” realizado pelo Technopolis Group e o Oxford Economics para a Comissão Europeia, e que avança que, em 2025, haverá na Europa, 222 milhões de pessoas com mais de 50 anos.
Esse número representará “42,9 % da população” europeia, ainda segundo o estudo.
Em Portugal, a população também está cada vez mais envelhecida, com a idade média a aumentar de 38,5 para 47 anos em duas décadas. Actualmente, mais de 2,5 milhões de pessoas têm 65 anos ou mais e até 2050, as pessoas com mais de 60 anos deverão chegar aos 40%.
E além de ser uma população cada vez mais activa, muito diferente dos “velhos” de outros tempos, procurando qualidade de vida e momentos de lazer, é “um segmento com um poder de compra estimado em 5.000 milhões de euros“, como nota ainda a Fundação MAPFRE.
Os especialistas de marketing também colocam estes consumidores da “economia grisalha” entre os que têm maior potencial económico em áreas como a beleza, a moda, a automação, o desporto, a informação, o retalho, as telecomunicações e as viagens.
Assim, as pessoas com mais de 55 anos vão ser um grupo “cada vez mais relevante na economia e na sociedade do nosso país”, prevê o relatório da Fundação MAPFRE.
Estamos, portanto, perante um “mundo de oportunidades não só para os seniores e as suas famílias, mas também para a sociedade como um todo”, constata o mesmo documento.
E é tanto uma grande oportunidade como um enorme desafio, uma vez que as empresas precisam de encontrar a linguagem certa para comunicar com todo este novo – “velho” – universo de consumidores.