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É preguiçoso? A culpa pode não ser sua

lintmachine / Flickr

A preguiça pode ter mais que ver com características biológicas do que com aspectos psicológicos e de vontade, de acordo com um estudo que detectou que o problema pode estar no cérebro.

A investigação, publicada na Cerebral Cortex, teve por base os exames de ressonância magnética de 40 voluntários saudáveis que tinham que decidir se se iam esforçar ou não em troca de uma recompensa.

Quando as pessoas tomam decisões, o córtex pré-motor tende a “acordar” um pouco antes de outras partes do cérebro que também controlam o movimento ficarem activas.

Depois de distinguirem as pessoas apáticas das motivadas, com base num questionário, os cientistas deste estudo realizado na Universidade de Oxford, no Reino Unido, detectaram que nas mais preguiçosas o córtex pré-motor disparou mais do que naquelas consideradas mais activas e entusiasmadas.

Ora, este aparente paradoxo indicia que as ligações cerebrais das pessoas preguiçosas devem ser menos eficientes, conforme acreditam os cientistas envolvidos na investigação.

Ou seja, os cérebros das pessoas apáticas têm que trabalhar mais para tomarem uma decisão.

“Se é preciso mais energia para planear uma acção, torna-se mais custoso para a pessoa apática agir. Os seus cérebros precisam de fazer mais esforço“, explica o neurologista Masud Husain, investigador da Universidade de Oxford e um dos responsáveis pelo estudo, citado pelo Live Science.

Os investigadores ressalvam que estas conclusões não explicam todos os casos de apatia e de preguiça, mas que ajudam a encontrar formas de tratar “as condições patológicas de extrema apatia”.

SV, ZAP

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