Doppelgängers: é possível haver alguém que se pareça exatamente connosco?

(dr) François Brunelle

Já alguma vez pensou se há alguém que alguém que se exatamente consigo? Segundo a ciência, é possível.

Segundo o El Confidencial, o cinema e a literatura abordaram em inúmeras ocasiões a ideia perturbadora do “doppelgänger“, algo como um reverso obscuro de nós, fisicamente idêntico, mas com o qual não temos qualquer semelhança.

Filmes como o clássico Vertigo (Alfred Hitchcock, 1958) ou o Inimigo (Denis Villeneuve, 2013) e Nós (Jordan Peele, 2019) centram-se nos aspetos mais sinistros desse conceito.

“Doppelgänger” é uma palavra alemã que tem origem no escritor Jean Paul, que a utilizou numa das suas obras para falar “daquele que caminha ao lado“.

A ideia remete para o arquétipo do duplo e, no mudo real, é frequente encontrá-lo sob a forma de um engodo político ou a desempenhar o papel de um duplo que se faz passar pela estrela de ação do momento.

Para além disso, perguntámo-nos se existe a possibilidade de haver alguém que se pareça exatamente connosco noutra parte do mundo.

De acordo com estudos científicos, seria necessária uma semelhança genética de 80% para dar origem a uma semelhança física apreciável, o que não garante nada, pois muitos gémeos não se tornam idênticos, apesar de partilharem 100% dos genes.

De acordo com um estudo publicado na Cell Reports, que poderia ser traduzido para inglês como “Human loolalikes identified by facial recognition algorithms show genetic similarities“, há 135 hipóteses de encontrar alguém semelhante a si a uma taxa superior a 80%.

Os resultados apontam ainda para uma hipótese de um em um bilião de encontrar semelhanças superiores a 90%, o que leva a crer que, em todo o planeta, podemos ter até sete gémeos idênticos, com os quais não estamos biologicamente relacionados.

Teresa Oliveira Campos, ZAP //

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