Misterioso, 100 filhos, Musk russo, Telegram. Durov foi detido

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Fundador do Telegram – e responsável por outras invenções – foi detido num aeroporto em França. É suspeito de vários crimes.

Pavel Durov foi detido neste sábado, num aeroporto perto de Paris.

O milionário vinha do Azerbaijão e foi travado pelas autoridades, já que é suspeito de diversos crimes: cyberbullying, fraude, tráfico de droga, crime organizado e promoção do terrorismo no Telegram.

Durov é um mistério e com muito por contar, como reforça o canal Euronews.

Aos 39 anos, é mais conhecido nos últimos anos por ter criado o Telegram, uma rede social focado nas mensagens que tem vindo a crescer em Portugal é rival do WhatsApp.

Muitos dos seus utilizadores destacam a segurança e a privacidade nas suas conversas online: o Telegram anuncia que tem chats secretos com criptografia ponta a ponta e a opção de autodestruição de mensagens.

Sendo um dos seus criadores (o irmão Nikolai é o outro fundador) e sendo ainda hoje director-executivo, Pavel sempre rejeitou moderar mensagens no Telegram. Porque é uma plataforma “livre”.

Um dos crimes do qual é acusado é precisamente o de promoção do terrorismo no Telegram – numa fase em que esta rede social tem sido ainda mais utilizada, desde que começou a guerra na Ucrânia. Aliás, será mesmo a rede social mais usada pelos protagonistas da guerra.

grupos (que podem chegar aos 200.000 membros) que são um meio de propagação da desinformação. Outros são grupos neonazis e ainda outros para pedófilos.

Antes, muitos anos antes, tinha criado o VKontakte. Era ainda um jovem de 22 anos. Tornou-se mais popular do que o Facebook na Rússia – é por causa disso que é conhecido como o “Mark Zuckerberg da Rússia”, lembrava a CNN.

Curiosamente, a mesma CNN actualizou a descrição. Agora é o “Elon Musk russo”, por ser um prodígio na programação, empresário, empreendedor, defensor da total liberdade de expressão, mas também um “fantoche” do Kremlin.

Voltando ao VKontatke: a oposição a Vladimir Putin começou a criar grupos nessa plataforma. O Governo da Rússia exigiu o fecho desses grupos; Pavel Durov recusou – e teve de deixar o país. “Prefiro ser livre do que receber ordens de alguém”.

A sua detenção levanta dúvidas sobre a liberdade de expressão online, num dilema eterno e num assunto que vai muito além do Telegram.

Nacionalidades e filhos

As dúvidas acumulam-se em relação à sua nacionalidade. Ou melhor, às suas nacionalidades.

É russo. Nasceu na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) em 1984.

Mas tem também nacionalidade de São Cristóvão e Neves, por ter doado 223.000 euros à indústria açucareira local.

Também é francês – ainda não se sabe muito bem como nem porquê.

E ainda acumula a nacionalidade dos Emirados Árabes Unidos; aliás, o centro operacional do Telegram é no Dubai.

Vida discreta, aparentemente multimilionária, diz que vive muito sozinho e que não come carne, nem bebe álcool e café.

Solteiro, é o pai biológico de mais de 100 crianças: segundo o próprio, já fez doações de esperma em diversos países. É um “dever cívico”. E será o pai de cinco crianças, de antigas namoradas.

Pavel Durov terá uma fortuna de mais de 14 mil milhões de euros.

ZAP //

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2 Comments

  1. Portanto, para os crânios da CNN, um indivíduo que teve que deixar a Rússia por desobedecer ao Kremlin é um “fantoche do Kremlin”.
    E ainda há quem leve a CNN a sério…

  2. Quando se fala em “liberdade de expressão”… hoje, vivemos em “liberdade”, “democracia” e “câmbio climático”. A Agenda 2030 vai salvar a hunamidade!

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