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Iván Duque toma posse como Presidente da Colômbia esta terça-feira

Juan Zarama / EPA

Iván Duque, o novo Presidente da Colômbia

O Presidente eleito da Colômbia, Iván Duque, toma esta terça-feira posse num contexto que se anuncia difícil, desde as “correções” ao acordo de paz, uma das suas promessas eleitorais, até à relação agitada com a vizinha Venezuela.

O advogado e ex-senador de 42 anos sucede a Juan Manuel Santos que, após dois mandatos, deixa o país no meio de uma tentativa de reconciliação com as ex-Forças Armadas e Revolucionárias da Colômbia (FARC).

Além das relações instáveis com a Venezuela, que esta semana acusou Santos de ordenar um atentado contra o líder venezuelano, o novo Presidente terá de responder, ainda, à onda de homicídios de ativistas e ao crescimento das plantações de coca, que atingiram o nível mais alto de sempre.

Uma vez eleito, Duque prometeu trabalhar para “uma estratégia articulada, multilateral e diplomática na transição para as eleições livres na Venezuela“, país que partilha 2.200 quilómetros de fronteira com a Colômbia.

Na frente interna, o Exército de Libertação Nacional (ELN), o último grupo de guerrilha ativo do país, aguarda as intenções do novo chefe de Estado em relação às negociações de paz. O Presidente cessante, Juan Manuel Santos, anunciou recentemente que seu governo e o ELN não conseguiram concluir um cessar-fogo.

Iván Duque, membro do partido de direita do partido Centro Democrático, tem como principal objetivo construir um pacto com os vários setores da sociedade para impulsionar o desenvolvimento do país.

Durante a campanha, o próximo chefe de Estado colombiano prometeu que terá 50% do seu Governo composto por mulheres, as quais, disse, foram escolhidas pelas suas capacidades e não pela sua filiação política.

Santos deseja “o melhor” a Iván Duque

Juan Manuel Santos, presidente da Colômbia, viveu esta segunda-feira o seu último dia de Governo, com uma agitada agenda na qual agradeceu o apoio recebido durante os seus oito anos no poder e desejou sorte ao seu sucessor, Iván Duque, eleito para o período 2018-2022.

“Ao meu sucessor, o presidente Iván Duque, desejo-lhe o melhor, todos os sucessos possíveis pelo bem da nossa pátria”, disse o líder no seu último discurso. Santos manifestou que “cada presidente manda no seu tempo”, destacando assim o fim do seu período em funções.

“Por isso, cumprirei, se me permitem, a minha promessa de não incomodar, de não intervir, de não ser uma agulha na nuca do meu sucessor”, disse.

Santos, chefe de Estado entre 2010 e 2018, defendeu que a maior conquista dos seus oito anos de Governo foi a assinatura do acordo de paz com a guerrilha FARC, dizendo que o conseguiu porque em vez de “perseguir a popularidade de curto prazo e as sondagens”, seguiu “a sua voz interior”, a que “lhe dita o que é correto”.

O presidente teve ainda tempo para responder às acusações de Maduro: “Meu Deus! Digo ao presidente da Venezuela, que no sábado estava com coisas muito mais importantes, estava a batizar a minha neta”, afirmou, provocando risos no público.

ZAP // Lusa / EFE

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