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Maduro culpa presidente colombiano por alegado atentado

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que o chefe de Governo da Colômbia, Juan Manuel Santos, está por trás do suposto atentado contra si que aconteceu este sábado num ato público com militares em Caracas, e afirmou que já foram capturados alguns dos autores materiais.

“Esclarecemos a situação em tempo recorde, trata-se de um atentado para me matar, tentaram-me assassinar e não tenho dúvida de que tudo aponta para a direita, a extrema-direita venezuelana em aliança com a extrema-direita colombiana e que o nome de Juan Manuel Santos está por trás deste atentado, não tenho dúvidas”, disse Maduro.

O presidente venezuelano fez estas declarações num discurso na rede obrigatória de rádio e televisão, cerca de três horas depois do incidente no qual ficaram feridos sete militares. “A sanha assassina da oligarquia colombiana, tenho a certeza que todas as provas vão aparecer, mas os primeiros elementos de investigação apontam para Bogotá”, reiterou.

“Este atentado aconteceu após os anúncios dramáticos do final de Maduro, do final do regime de Santos”, acrescentou o presidente venezuelano.

Juan Manuel Santos, economista e presidente da República da Colômbia desde 2010, recebeu em 2016 o Prémio Nobel da Paz pelo envolvimento no Acordo de Paz conseguido com as FARC, organização guerrilheira que se mantinha em luta armada desde 1964.

Nicolás Maduro abandonou este sábado de emergência uma cerimónia televisionada com militares no centro de Caracas, depois de uma explosão ter interrompido o seu discurso.

O ministro de Informação da Venezuela, Jorge Rodríguez, confirmou que “o presidente Maduro foi vítima de atentado com artefactos voadores do tipo drone que continham uma carga explosiva”, e que saiu ileso do incidente.

Fontes não oficiais deram conta de que foi visto um drone, que transportaria explosivos, no local em que o presidente da Venezuela discursava, na capital do país, Caracas. Uma fonte dos bombeiros de Caracas, no entanto, apontam a origem do alegado ataque para a explosão de uma bilha de gás num apartamento, que apresenta danos significativos.

Entretanto, um movimento paramilitar denominado Soldados de Franelas, criado em 2014, reivindicou no Twitter a autoria do alegado ataque.

Colômbia nega ter ordenado alegado ataque

A Presidência da Colômbia refutou a afirmação do Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que acusou o seu homólogo colombiano, Juan Manuel Santos, de ter ordenado o alegado ataque de que foi alvo este sábado.

“Isso não tem base, o presidente está empenhado no batismo da sua neta Celeste, e não em derrubar governos estrangeiros”, disse uma fonte da presidência colombiana aos jornalistas, este sábado.

“Tudo aponta para a extrema-direita venezuelana, em aliança com a extrema-direita colombiana e tenho a certeza que Juan Manuel Santos está por detrás deste atentado”, denunciou Maduro, durante uma transmissão televisiva ao país, desde o palácio presidencial de Miraflores.

Maduro alega que Juan Manuel Santos vai abandonar a presidência do país, no dia 7 de agosto, e que não podia deixar o poder “sem fazer dano” ao seu país.

ZAP // Lusa / EFE / Euronews

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