Um drone da Força Aérea que estava a voar a partir da base de Beja caiu quando realizava, alegadamente, um voo de teste. Este era um dos 12 drones que a Força Aérea Portuguesa adquiriu por 4,5 milhões de euros para a vigilância florestal, durante o período crítico de incêndios.
Em comunicado enviado à agência Lusa, a FAP informou que a aeronave não tripulada estava a realizar uma missão de treino, “não tendo colocado em risco população ou habitações”, fruto da “aterragem forçada” que aconteceu.
No decorrer do voo de treino da aeronave, a operar a partir da Base Aérea N.º 11 (BA11), verificou-se “uma falha no sistema de propulsão, que levou à interrupção da missão, obrigando à identificação de uma zona desabitada para efetuar a aterragem forçada”, precisou a Força Aérea.
De acordo com a última informação da FAP apenas quatro destes drones estavam operacionais, devido a “dificuldades de ordem técnica”.
A aeronave envolvida no acidente será um drone VTOL (vertical take-off and landing) – com capacidade de aterrar e levantar verticalmente – cuja validação tem sido demorada. Foram adquiridos seis e nenhum está ainda operacional.
De acordo com o DN, uma aeronave que partiu da base de Beja, começou a perder altitude no regresso, a cerca de 23 quilómetros, perto da estrada nacional 2, a oeste da barragem de Odivelas, a sul do Torrão. Eram cerca de 15h30 desta quinta-feira. Estas imagens podem ser vistas aqui. Confrontada pelo jornal com o registo de voo, a FAP não responde se se trata do mesmo do drone acidentado.
A FAP apenas afirma que “as circunstâncias em que este acidente ocorreu estão sob investigação da Comissão Central de Investigação (COCINV) da Força Aérea e as operações destas aeronaves suspensas”
No passado dia 5 de Setembro, também uma aeronave não tripulada da FAP alocada à BA11 “caiu” no concelho de Alcácer do Sal, no distrito de Setúbal, revelou na altura à Lusa fonte da Proteção Civil.
Essa alegada queda ocorreu às 11:58, junto à barragem de Trigo Morais, na freguesia do Torrão, igualmente sem registo de feridos ou danos materiais provocados pelo acidente, referiu o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Setúbal.
Nesse dia, a FAP também revelou ter-se tratado de uma “aterragem forçada” e anunciou a suspensão das operações com os seus “drones” até à conclusão dessa investigação.
ZAP // Lusa