O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, demitiu John R. Bolton, o seu terceiro consultor de segurança nacional esta terça-feira.
Trump anunciou a decisão no Twitter. “Informei John Bolton ontem à noite que os seus serviços já não são necessários na Casa Branca. Discordei fortemente de muitas das suas sugestões, assim como outras da administração, e, portanto, pedi a John a sua demissão, que me foi dada esta manhã. Agradeço muito a John pelo seu serviço. Vou nomear um novo consultor de segurança nacional na próxima semana”.
A saída de John Bolton ocorre quando Donald Trump procura aberturas diplomáticas com dois dos inimigos mais intratáveis dos Estados Unidos, esforços que são divergentes das ideias de pessoas como Bolton, que vê a Coreia do Norte e o Irão como não confiáveis.
John Bolton trabalhou como advogado, colaborador da Fox News e membro do conservador American Enterprise Institute nos últimos anos desde que atuou como representante do presidente George W. Bush na ONU em 2005-2006. Bolton estava no cargo desde abril de 2018.
O despedimento de John Bolton acontece no meio das divergências fundamentais sobre como lidar com grandes desafios de política externa como o Irão, a Coreia do Norte e o Afeganistão.
O presidente continuou a cortejar, escreve o The New York Times, Kim Jong-un, o líder da Coreia do Norte, apesar da recusa de Kim em renunciar ao seu programa nuclear e apesar dos repetidos testes de mísseis de curto alcance do Norte que abalaram os seus vizinhos.
Trump manifestou vontade de se reunir com o presidente Hassan Rouhani, do Irão, sob as circunstâncias certas – e até de estender financiamento de curto prazo a Teerão, embora a oferta tenha sido até agora rejeitada.