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Dona do Banco Montepio contratou Paulo Pedroso (mas rejeita influência das ligações ao PS)

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O antigo ministro socialista Paulo Pedroso foi contratado em Abril pela Associação Mutualista Montepio, a dona do Banco Montepio. Uma contratação que aumenta a influência de elementos ligados ao PS no seio da instituição numa altura em que as contas estão mais complicadas.

Paulo Pedroso foi contratado para realizar estudos na área do mutualismo e da economia social e a Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) assegura que “a escolha resulta, estritamente, da identificação de competências em sociologia do trabalho e no domínio da economia social”, como adianta em nota ao Eco.

“A colaboração não visa quaisquer outros objectivos” que não a elaboração de estudos, frisa a dona do Banco Montepio, descartando que esteja, de algum modo, relacionada com a influência do PS no seio da instituição.

Entre os dirigentes da AMMG há várias figuras ligadas ao PS, nomeadamente Maria de Belém e Luís Patrão.

Paulo Pedroso anunciou a saída do PS em Janeiro passado, notando que tinha deixado de ser militante antes das eleições legislativas de Outubro, sem avançar razões para essa decisão.

Além de ter sido dirigente do PS, Pedroso é casado com a actual presidente do grupo parlamentar socialista, Ana Catarina Mendes, que, em termos políticos, é uma das figuras mais próximas de António Costa.

Estes dados levam algumas pessoas a sublinhar que a sua contratação “vem acentuar a influência socialista numa altura de maior aperto na AMMG”, como aponta o Eco. Uma versão rebatida pela Mutualista que assegura que Pedroso vai limitar-se a realizar “estudos concretos de âmbito mutualista e de economia social”.

A dona do Banco Montepio ainda não apresentou as contas de 2019.

Já o Banco Montepio revelou, na semana passada, um aumento dos lucros em quase 60%, para 21,7 milhões de euros, mas já divulgou que a pandemia de covid-19 deverá obrigar a uma revisão do plano de negócios.

ZAP //

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