Dois terços dos médicos em Portugal admitem estar em elevado estado de exaustão emocional, um dos indicadores relevantes associado ao stress profissional crónico designado como ‘burnout’.
Segundo dados de um estudo de âmbito nacional sobre ‘burnout’ na classe médica, os profissionais das especialidades de neurocirurgia e de medicina legal são os mais afetados, a par dos médicos mais jovens.
Aliás, são os médicos mais jovens que apresentam os níveis mais elevados nos três indicadores de ‘burnout’ avaliados no estudo: exaustão emocional, distanciamento face ao doente (despersonalização) e diminuição da realização profissional.
Segundo dados parcelares do estudo, a que a agência Lusa teve acesso, além da exaustão emocional, 39% de todos os médicos indicaram níveis elevados de despersonalização e 30% mostraram altos níveis de diminuição da realização profissional.
O estudo, uma iniciativa conjunta da Ordem dos Médicos e do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, foi feito através de inquéritos a cerca de dez mil médicos portugueses, dos perto de 50 mil convidados a responder.
O bastonário da Ordem dos Médicos confessa ter ficado surpreendido com a dimensão do problema: “Não estava à espera que o problema fosse tão grave, o que exige que se olhe para esta questão com muita atenção”.
José Manuel Silva lembra que os médicos em exaustão não estão em condições de prestarem os melhores cuidados aos doentes, embora “o inquérito tenha mostrado um elevado grau de empenhamento e dedicação aos doentes”.
“A verdade é que os médicos portugueses não estão bem e isto exige medidas da parte da tutela”, frisou o bastonário, que pede melhores condições de trabalho, investimento na manutenção das instalações e na renovação das tecnologias.
Sobre os médicos mais jovens, que apresentam os mais elevados níveis de ‘burnout’, José Manuel Silva lembra que são colocados “perante enormes dificuldades e pressão”, “muitas vezes sem as devidas condições de trabalho” e instados “a trabalhar até à exaustão, nomeadamente nos serviços de urgência”.
/Lusa
Este títulos… autentica palhaçada e com a verdade totalmente distorcida. Se alguém se deu ao trabalho de ler a noticia e não apenas o titulo deparasse com um facto curioso, 50.000 médicos foram convidados ao inquérito mas dos quais apenas 10.000 responderam, ou seja apenas 1/5. Como é que se podem tirar conclusões de um estudo em que apenas aceitaram participar 20% dos convidados???? Quem aceitou responder, a grande maioria será a que tem algo para se queixar, isso deturpa os resultados… Honestamente, não percebo nada deste tipo de estudos mas acho que é censo comum, que isto nem se deveria tornar publico porque passa uma imagem completamente distorcida da realidade, tipo a treta das sondagens e depois acontecem brexits e trumps…