O Porto regressou às vitórias após uma sequência de quatro jogos sem ganhar. Os portistas desbloquearam o jogo nos minutos iniciais da segunda parte, com dois golos, o primeiro por Fábio Vieira após um erro de Ruben Kluivert e o segundo num contra-ataque bem aproveitado por Samu.
Isto depois de uma primeira parte em que os “dragões” não conseguiram esconder a ansiedade na hora de alvejar a baliza casapiana. Um triunfo que foi prenda de aniversário para o treinador Vítor Bruno.
Primeira parte com pouca capacidade de penetração por parte da equipa portista, apesar da superior posse de bola (69%).
Os “dragões” foram incapazes de materializar essa superioridade e ansiedade portista, aliada à inspiração do costarriquenho Sequeira, (três defesas, 1.2 golos evitados) foram mantendo a baliza dos lisboetas a zero, com a situação de maior perigo (0,25 xG) a ser protagonizada por Nehuén Pérez aos 31′, de cabeça, na sequência de um pontapé de canto.
A espaços o Casa Pia conseguiu causar perigo em transição, terminando mesmo a primeira parte com mais acções na área contrária (11) do que o Porto (8).
A segunda parte trouxe um Casa Pia a querer ter mais bola, no entanto, os “dragões” aproveitaram de imediato um passe errado de Ruben Kluivert numa dessas tentativas de sair a jogar, com Fábio Vieira a recolher a bola e a finalizar ele próprio a jogada após combinação com Pepê e Samu.
Apenas quatro minutos depois, novo contra-ataque do FC Porto, com Pepê a deixar Samu na cara de Sequeira, para o 2-0.
Aos 61 minutos, o regressado Otávio podia ter mesmo transformado o jogo numa goleada portista, mas a sua investida acabou no ferro da baliza dos “gansos”.
O Jogo em 5 Factos
1. Muita bola, mas sem ideias
A primeira parte fica marcada por um Casa Pia com mais acções na área contrária (11) do que o Porto (oito), apesar da maior posse de bola dos “dragões” (69%). Prova das dificuldades anfitriãs na etapa inicial.
2. Acelerar sem transportar
Os portistas apenas fizeram três conduções progressivas, quando a sua média por jogo era de cerca de 11 até este jogo, preferindo o passe como meio de “galgar” metros no terreno, terminando a partida com 42 passes progressivos, o dobro dos casapianos.
3. Ganhar os duelos individuais
Os “dragões” mostraram desde cedo que pretendiam dar um pontapé na crise de resultados, sabendo que para isso todos teriam de contribuir individualmente em prol do colectivo. Com 60 duelos ganhos, os portistas atingiram um novo máximo da equipa na Liga.
4. “Gansos” deixam entrar água
Com dois golos a abrir a segunda metade após duas transições bem-sucedidas, os portistas ficaram galvanizados para inverter os papéis com os casapianos relativamente ao número de acções na área contrária, mais do que triplicando o registo da primeira parte e terminando o jogo com 26 acções.
5. Mais flagrante
À grande oportunidade desperdiçada por Nehuém Pérez na primeira parte, somaram-se mais duas flagrantes perdidas por parte de Galeno e Vasco Sousa. De salientar que os “dragões” conseguiram criar um total de quatro ocasiões flagrantes na segunda parte, num total de cinco.
Melhor em Campo
Logo na primeira parte, o médio “azul-e-branco” Fábio Vieira mostrou ao que vinha, muito rematador e a tentar lançar os colegas na profundidade. Abriu o activo no início da segunda parte, tendo sido, a par de Nico González, o mais rematador, com cinco disparos. Desses, quatro foram de fora da área, segundo valor mais alto da Liga. O médio portista foi o MVP.
Resumo
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