Dois navios porta-contentores colidiram esta segunda-feira no Canal do Suez, uma das principais rotas comercias marítimas do mundo.
O acidente, que aconteceu ao largo de Port Said, no norte do Egipto, envolveu o cargueiro alemão M/V Colombo Express, um dos maiores porta-contentores do mundo, e o M/VMaersk Tanjong, com bandeira de Singapura, que sofreu um rombo de 20 metros.
Segundo a Autoridade do Canal de Suez, responsável pela gestão da via, citada pelo WSJ, o acidente terá ficado a dever-se a problemas técnicos num dos navios, que terá perdido controle do leme.
Não há vítimas a lamentar, tendo-se registado apenas a perda de três contentores do Colombo Express, que caíram à água, e um atraso de três horas no trânsito da via.
O canal do Suez é um canal artificial que liga o Mar Vermelho, no extremo oriente, ao Mar Mediterrâneo, com fulcral importância no comércio mundial por evitar que as embarcações tenham que circundar todo o continente africano na viagem entre a Europa e o Oriente. A viagem fica 7.000 km mais curta.
Construído ao longo de 10 anos em território egípcio por um consórcio internacional, a Compagnie Universelle du Canal Maritime de Suez, o canal tem 193 km de comprimente e 8m de profundidade, sem comportas. Foi inaugurado em 1869.
É actualmente propriedade da Autoridade do Canal de Suez, entidade egípcia que assegura a sua gestão e manutenção. Ao abrigo de tratados internacionais, o canal pode ser usado “em tempo de guerra como em tempo de paz, por qualquer veículo de comércio ou de guerra, sem distinção de bandeira”.
No princípio de agosto, o presidente egípcio, Abdelfatah al Sisi, apresentou o projecto de construir um novo canal, paralelo ao do Suez, sob da supervisão do Exército e financiado por investidores locais.
O novo canal terá uma longitude estimada de 72 quilómetros, e custará 6,5 mil milhões de euros, dos quais cerca de 3,1 mil milhões serão para trabalhos de escavação, que deverão envolver um total de 25 empresas.
AJB, ZAP