Há dois candidatos na calha para suceder a Centeno. Siza Vieira fora da corrida

Pedro Siza Vieira era apontado como o favorito a suceder a Mário Centeno na pasta das Finanças, mas recusou essa possibilidade. Nelson de Souza e João Leão são agora os dois principais candidatos.

Com a saída de Mário Centeno da pasta das Finanças praticamente acertada, começa a procura de um novo líder. Depois de inicialmente se falar de Pedro Siza Vieira, o atual ministro da Economia veio já descartar essa hipótese. O próprio primeiro-ministro já deu a entender que Siza Vieira vai assumir “a direção da elaboração do Programa de Recuperação” após Costa e Silva lançar as bases.

Assim, de acordo com o Expresso, há dois nomes fortes apontados à sucessão de Mário Centeno. Um deles é Nelson de Souza, o atual ministro do Planeamento, e João Leão, secretário de Estado do Orçamento. A decisão deverá ser tomada por António Costa em julho, mas ainda não foram dadas certezas de qual é o candidato preferencial.

Um governante ouvido pelo semanário admitiu que o sucesso de Centeno não se desliga do seu secretário de Estado, apontando João Leão como favorito. “Tem uma gaveta muito funda”, atirou.

Por outro lado, o chefe do Governo já conhece bem Nelson de Souza, que foi um dos que transitou da Câmara Municipal de Lisboa, onde foi assessor de Costa e tinha a direção das Finanças. Há ainda o facto de que tem sido chamado com mais frequência para reuniões de coordenação em que se debatem soluções técnicas e financeiras para outros ministérios.

Fonte do Governo ouvida pelo Expresso confessou que “nunca como hoje seria importante ter nas Finanças alguém que saiba compatibilizar os fundos nacionais com os comunitários“. No entanto, como contrapartida, a sua nomeação obrigaria a mais uma mexida no Governo.

Mais de 50% dos portugueses querem que Mário Centeno continue como ministro de Estado e das Finanças, segundo uma nova sondagem.

O estudo da Eurosondagem, para o semanário Sol e o Porto Canal, indica que 55,5% dos entrevistados acham que Centeno “deve continuar como ministro” do executivo liderado por António Costa, contra 25,2% que apoiam a sua ida para governador do Banco de Portugal e 19,3% que têm dúvidas, não sabem ou não quiseram responder.