Doente com cancro deixado “toda a noite ao frio e sem cuidados” no chão do Hospital de Viseu

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Câmara Municipal de Nelas

 Hospital de São Teotónio, Viseu, Portugal

Um doente oncológico esperou durante quase toda a madrugada de sábado – no chão e ao frio – para ser atendido no Hospital de Viseu. A família já apresentou queixa contra a unidade hospitalar.

Não é só nos grandes centros que os constrangimentos nos hospitais se fazem sentir.

Todo o país tem sofrido com os problemas estruturais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) – que parecem não ter soluções à vista.

Este sábado, em Viseu, um doente com cancro foi deixado no chão do hospital, enquanto esperava para ser atendido.

Como conta o Correio da Manhã, Álvaro Figueiredo, de 80 anos, – sujeito a tratamentos de quimioterapia e diabético – foi deixado “sem cuidados de saúde, ao frio e no chão das urgências do Hospital de Viseu” durante grande parte da madrugada de sábado, porque não havia macas disponíveis.

De acordo com a descrição do CM, o doente “sentiu-se mal em casa e começou a tremer de forma descontrolada”. Na sequência, a filha, Sandra Figueiredo, ligou para o 112, que, perante o quadro clínico, o encaminhou o Hospital de Viseu.

Álvaro Figueiredo foi triado com pulseira amarela, por volta das 03h00; e quase cinco horas mais tarde ainda não tinha sido atendido. “Desesperado”, ligou à filha a pedir socorro.

Quando Sandra chegou ao hospital viu o pai deitado no chão: “Parecia um mendigo. Encolhido, cheio de frio e sem qualquer cuidado médico. Havia poucas pessoas na urgência, mas ninguém foi atendido. Mais vale fecharem às urgências”, relatou ao Correio da Manhã.

Em resposta ao matutino, o Hospital de Viseu negou que o doente tenha passado a madrugada no chão, mas lamentou a demora nos atendimentos, que é “causada pela elevada afluência de doentes”.

A unidade hospitalar informou ainda “o doente teve alta por volta das 11h e que nesse período foi visto por profissionais de saúde e realizou exames”.

ZAP //

3 Comments

  1. A frase fundamental deste artigo “Havia poucas pessoas na Urgência, mas ninguém foi atendido”. A pergunta que não se cala, o que os médicos de serviço estavam a fazer?

  2. Há duas situações a lamentar:
    A mais gravosa do hospital, se a historia estiver bem contada deve ser investigada e apuradas as responsabilidades.
    A segunda e que podia ter ajudado a mitigar a primeira é o facto da filha não ter acompanhado o pai, sinceramente não consigo perceber o porquê!!!

  3. A degradação da saude, faz parte das pessoas votarem sempre nos mesmos.
    Será que não haverá governo que trate melhor da saude?

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